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Cuiabá, 06 de Outubro de 2025
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17 de Agosto de 2023, 19h:40 - A | A

PODERES / TENSÃO NA CPI DO MST

"São meus amigos e meus padrinhos políticos, sim", diz Fávaro sobre relação com os Maggi

A declaração veio após o relator da CPI do MST, deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), afirmar que Fávaro era o representante dos Maggi no governo Lula

FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT



Durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, nesta quinta-feira (17), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), entrou em defesa do ex-senador Blairo Maggi e do seu primo Eraí Maggi. Além de comentar sobre a amizade existente, o ministro confirmou que eles são seus padrinhos políticos.

A declaração veio após o relator da CPI do MST, deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), afirmar que Fávaro era o "representante" dos Maggi no governo Lula.

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Eu tenho muito orgulho, porque os dois são dois exemplos de produtores. Os dois são meus amigos e meus padrinhos mesmo”, disse Fávaro.

Eu sou representante do Blairo e de todos os produtores que fazem as coisas certas, todos que respeitam o meio ambiente [...] Não represento quem faz coisa errada”, completou.

Em resposta, Salles rebateu dizendo que o ministro só protege os Maggi, pois “só eles são bons na soja, os outros são fascistas”.

Repasses de Fávaro

No começo deste mês, o Palácio do Planalto teria repreendido o ministro da Agricultura após a divulgação de que ele havia destinado, no fim de junho, R$ 127 milhões em emendas para algumas cidades de Mato Grosso, entre elas Canarana e Campo Verde.

O valor teria sido destinado à manutenção e recuperação de estradas que atendem diretamente às fazendas de Eraí Maggi. Em Canarana, que recebeu a maior quantia, foram destinados R$ 26,3 milhões para um dos trechos da obra prevista para atravessar a Fazenda Cocal, que pertence à empresa.

Já em Campo Verde, para onde foram destinados R$ 20,9 milhões, o principal trecho da obra sai da Fazenda Fartura, do grupo Bom Futuro, e leva às fazendas Filadélfia e Galheiros, que também pertencem ao grupo de Eraí.

À época, procurado pelo RepórterMT, o ministro Carlos Fávaro não respondeu à reportagem e até hoje não se manifestou publicamente sobre o assunto.

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