DO REPÓRTERMT
Apesar da suspeita de sobrepreço e possíveis desvios no valor de R$ 10,6 milhões em obras de recuperação de estradas vicinais feitas com verbas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Tribunal de Contas da União (TCU) não aplicou nenhuma punição ao ministro Carlos Fávaro (PSD). Ao contrário, ele terá seis meses para prestar esclarecimentos.
Conforme o TCU, há indícios de má estruturação da política pública para adequação de estradas vicinais e desigualdade na distribuição de recursos entre os estados. Também foi observada irregularidade na destinação de recursos aos municípios mato-grossenses de Canarana, Alta Floresta, Querência e Gaúcha do Norte.
Esses números surgiram a partir de fiscalização determinada pelo Congresso Nacional. Entre 2019 e 2023, Fávaro transferiu R$ 9,2 bilhões para diferentes projetos. A situação ficou tão fora de controle que o Palácio do Planalto precisou intervir e repreender o ministro para a destinação de quantias vultosas para cidades do interior do estado.
Fávaro, que é senador licenciado, deverá disputar a eleição do ano que vem.