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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
19 de Maio de 2024

15 de Abril de 2019, 13h:30 - A | A

POLÍCIA / APÓS PÂNICO EM ESCOLA

Pais de garoto vão responder por ameaça e pagar custos da polícia

A mesma medida contra os pais do estudante do Colégio Coração de Jesus passa a ver contra os responsáveis por menores que cometerem o ato de ameaça em Mato Grosso.

DA REDAÇÃO



A Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) instaurou um procedimento para o ato infracional cometido pelo estudante do Colégio Coração de Jesus, em Cuiabá, que divulgou fotos em tom de ameaça e causou pânico entre pais de alunos da unidade, que acreditaram que ele ameaçava fazer um massacre no local.

O menor, o pai e a mãe serão ouvidos na unidade policial. O adolescente será responsabilizado pelo ato infracional análogo ao crime de ameaça.

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Os pais dele também terão que arcar financeiramente com os prejuízos gerados pela mobilização das forças de segurança, para apuração de fatos.

A partir de agora, a Polícia Civil irá adotar essa medida com os envolvidos e seus responsáveis, nos casos de ameaças de massacre, feitos em redes sociais, às escolas no Estado de Mato Grosso. Os infratores e seus pais ou responsáveis responderão criminalmente pelas disseminações de mensagens que tenham cunho de ameaça e terão que arcar com os custos das ações policiais.

Até agora todos os casos foram apontados pela Polícia Civil como inverídicos, sendo alegados pelos autores como “brincadeiras de mau gosto”. No entanto, na Segurança Pública são vistos com atos de ameaças e de apologia ao crime, passíveis de responsabilização criminal.

Os monitoramentos são realizados constantemente pela Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat) e  a Gerência de Operações de Inteligência (GIP), ambas ligadas à Diretoria de Inteligência, visando à identificação dos membros dos grupos em que se noticia promessas de ataque nas unidades de ensino. O trabalho conta com apoio das delegacias de polícia dos locais.

As notícias de atentados em escolas tomaram proporção, após a tragédia da escola Raul Brasil, em Suzano (SP),  em 13 de março de 2019. Em Mato Grosso, jovens encorajados pelas redes sociais passaram a espalhar mensagens de violência (áudios e texto) e ainda postagens com armas de fogo, mesmo que supostamente sem poder letal ou de brinquedo.

Coração de Jesus 

Na noite de domingo (15), as forças de segurança foram acionadas após imagens  serem espalhadas em grupos de WhatsApp, sobre um adolescente de 15 anos que postou em seu instagram fotos segurando uma arma de fogo (modelo airsoft), com legenda que insinuava como alvo o colégio Coração de Jesus, situado no Centro de Cuiabá. O fato levou vários alunos e pais da escola a acreditarem em um possível atentado.

O pai do adolescente gravou um vídeo de retratação dizendo que chamou a atenção do filho e que o fato não passou de uma brincadeira de mau gosto.

 

O garoto também explicou as fotos. “Todas as postagens que fiz eram relacionadas ao paintball, que eu sou jogador amador. Eu não quis ofender ninguém e nem fazer ameaças de massacre em escola. Só queria pedir desculpas”.

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