APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julga, nesta terça-feira (05), a reclamação disciplinar contra o desembargador João Ferreira Filho, que está afastado do cargo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) desde agosto de 2024.
O desembargador é suspeito de integrar um esquema de venda de sentenças revelado a partir da análise dos dados do aparelho celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, na porta do escritório onde trabalhava, em Cuiabá.
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Em dezembro, quando foi alvo da Operação Sisamnes, João Ferreira Filho chegou a ser alvo de um pedido de prisão da Polícia Federal que foi, contudo, negada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal. Atualmente, o desembargador é monitorado por tornozeleira eletrônica.
Conforme a investigação da PF, João Ferreira Filho mantinha relação de amizade com Zampieri e recebia vantagens ilícitas em troca de decisões judiciais benéficas, tais como, relógios de luxo.
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A filha dele, Alice Terezinha Artuso, atuava como servidora no TJMT e intermediava o recebimento de valores ilícitos pagos por Zampieri e recebeu cerca de R$1,8 milhões.
Além de João Ferreira Filho, o desembargador Sebastião de Moraes Filho também está afastado do cargo e é monitorado com tornozeleira.