DO REPÓRTERMT
A Associação Tampatinhas Cuiabá, conhecida por promover castrações de animais de rua por meio de reciclagem solidária, ingressou na Justiça com um pedido para que seja revogada a liberdade provisória de Larissa Karolina Silva Moreira, investigada por maus-tratos e morte de animais.
A entidade argumenta que Larissa vem descumprindo medidas cautelares impostas desde que deixou a prisão, em julho deste ano. O pedido foi encaminhado ao Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias.
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Segundo a associação, a investigada rompeu a tornozeleira eletrônica duas vezes, o que levou à sua exclusão do sistema de monitoramento. “Ela demonstra desprezo constante pelas decisões judiciais, violando determinações e comprometendo a credibilidade da Justiça”, diz trecho da petição.
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O documento rebate ainda a versão da defesa, que alegou que o rompimento teria ocorrido após um surto psicótico. A ONG afirma que mensagens trocadas por Larissa com uma amiga mostram outro motivo: a suposta ressonância no ombro, e cita um vídeo em que a investigada aparece dançando em uma festa, por volta das 4h da manhã, o que contrariaria a alegação de instabilidade mental.
A associação também relata que Larissa tem intimidado testemunhas e jornalistas. Em um dos episódios narrados, uma repórter registrou boletim de ocorrência após ser perseguida pela investigada durante um evento.
“O comportamento da investigada vai além do descumprimento de cautelares: ela utiliza a liberdade para ameaçar pessoas ligadas ao processo, tentando gerar medo e dificultar o trabalho da Justiça e da imprensa”, afirma outro trecho da representação.
Com base nesses fatos, a Tampatinhas solicita a revogação da liberdade provisória e a decretação da prisão preventiva de Larissa Karolina.
Relembre
Larissa foi presa em 13 de junho de 2025, após investigação da Delegacia de Meio Ambiente (Dema). Ela é suspeita de adotar animais em situação de rua para, em seguida, submetê-los a maus-tratos que resultavam na morte.
Durante as apurações, onze testemunhas foram ouvidas, e vídeos de câmeras de segurança mostraram a mulher carregando uma sacola com o corpo de um dos gatos.
Um laudo da Politec apontou que o animal encontrado em um terreno próximo à casa da investigada apresentava traumatismo craniano, lesões na região perianal e sinais de asfixia com plástico amarrado ao pescoço.






















