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Cuiabá, 25 de Setembro de 2025
25 de Setembro de 2025

25 de Setembro de 2025, 19h:38 - A | A

POLÍCIA / SERIAL KILLER

Assassina de gatos terá 5 dias para explicar rompimento de tornozeleira

Segundo a magistrada, é preciso garantir o direito de defesa antes de adotar providências mais duras

GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT



A estudante de Química da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Larissa Karolina Silva Moreira, de 28 anos, mulher trans conhecida como a “serial killer de gatos” em Cuiabá, terá cinco dias para justificar o rompimento da tornozeleira eletrônica.

A decisão foi proferida pela juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias. Segundo a magistrada, é preciso garantir o direito de defesa antes de adotar providências mais duras.

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Impõe-se oportunizar à defesa manifestação, em respeito ao contraditório e à ampla defesa, antes da adoção de eventuais medidas mais gravosas”, destacou.

O despacho foi publicado após a Central de Monitoramento registrar, em 17 de setembro, às 17h45, a violação do equipamento eletrônico, que indicou rompimento da cinta do aparelho. Caso não apresente justificativa, Larissa poderá ter a prisão restabelecida ou novas medidas cautelares determinadas.

Relembre o caso

A jovem foi presa no dia 13 de junho deste ano junto do namorado, em investigação conduzida pela Delegacia de Meio Ambiente (Dema). O casal era acusado de adotar animais em situação de vulnerabilidade para submetê-los a maus-tratos que resultaram na morte deles.

Na ocasião, três corpos de gatos foram encontrados em uma área de mata próximo à residência de Larissa. Laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou “indícios compatíveis de maus-tratos” em um dos cadáveres, localizado em saco plástico. O documento descreve lesões extensas na cabeça do animal, ferimentos na região perianal com possível trauma e presença de material plástico amarrado no pescoço.

Imagens de câmera de segurança também registraram Larissa deixando sua casa com uma sacola que, segundo a investigação, continha um dos gatos mortos.

O namorado chegou a ser detido, mas foi liberado no mesmo dia por falta de evidências. Larissa permaneceu presa até 25 de julho, quando a Justiça determinou medidas cautelares alternativas, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar a cidade, comunicar qualquer mudança de endereço e informar suas atividades regularmente.

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