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Cuiabá, 20 de Agosto de 2025
20 de Agosto de 2025

20 de Agosto de 2025, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / CRIME BÁRBARO

Justiça manda polícia apurar se mulher trans acusada de matar gatos ameaçou testemunhas

Ex-namorado, os pais dele e protetores animais estariam sendo ameaçados.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



A juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo da Justiça 4.0 do Juiz das Garantias, atendeu o pedido do Ministério Público e determinou que sejam feitas novas diligências policiais para esclarecer se a estudante Larissa Karolina Silva Moreira realmente está ameaçando testemunhas no curso do processo que apura a responsabilidade dela no assassinato de gatos em Cuiabá.

“Após a conclusão das diligências requisitadas, [concedo] nova vista ao Ministério Público para manifestação”, determina a magistrada.

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O pedido do MP se baseia em denúncias feitas pelo ex-namorado de Larissa e pelos pais dele, de que estariam sendo ameaçados a mando dela. As ameaças também estariam sendo direcionadas a protetores da causa animal.

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"Há relatos, inclusive, de que terceiros estariam agindo supostamente em seu nome, o que pode configurar tentativas de obstrução da Justiça ou coação indireta", diz a manifestação do MP.

O Ministério Público quer que a liberdade da acusada seja revista, já que a decisão que a colocou em liberdade previa que ela não poderia se envolver em “outro fato criminalmente ilícito”. Larissa está em liberdade, sob monitoramento eletrônico desde 25 de julho.

Entenda o caso

Larissa foi presa no dia 13 de junho, depois que protetores animais acionaram a polícia para denunciar o assassinato de alguns animais. Ela foi autuada em flagrante por maus-tratos a animais com resultado em morte e, na audiência de custódia, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Desde então, ela estava detida na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto.

Segundo investigações da Polícia Civil, na casa da estudante, foram encontrados vestígios de sangue, rações velhas e fezes de gato. Além disso, pelos menos três animais foram encontrados mortos em um terreno baldio localizado a cerca de 120 metros da casa dela. Animais esses que, conforme a denúncia dos protetores, foram adotados por ela.

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À polícia, o ex-namorado de Larissa confessou que adotou quatro gatos para ela, desde o início deste ano, e que os quatro foram mortos. Durante o depoimento, ele disse que a ex-namorada dizia que tinha cometido os crimes porque os animais haviam lhe arranhado.

Nas redes sociais, Larissa chegou a postar mensagens direcionadas aos protetores que a denunciaram.

“Vocês vão me pagar bem caro. Me aguardem protetores do inferno”, escreveu a acusada. “Eu venci a batalha e ganharei essa guerra”, acrescentou.

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