APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O protetor de animais Marlon Figueiredo usou as redes sociais, neste domingo (27), para expor que vem sendo vítima de ameaças da mulher trans Larissa Karolina Silva Moreira, nome social de Júnior Silva Moreira, de 28 anos, acusado de adotar gatos para matar em Cuiabá. Na postagem, Marlon usa prints de conversas tidas com Larissa em que ela diz que não deixará barato tudo que aconteceu e que vai processar todos os protetores pelas denúncias feitas contra ela.
“Vocês vão me pagar bem caro. Me aguardem protetores do inferno”, escreveu a acusada. “Eu venci a batalha e ganharei essa guerra”, acrescentou.
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Larissa ficou presa por pouco mais de um mês, porém, na última sexta-feira (25), a juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Juiz de Garantias do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), determinou pela sua saída da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto para que ela permaneça apenas sob o monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica.
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Na legenda da publicação, o protetor animal afirma que não deixará isso passar impune e que seguirá cobrando para que a Justiça seja feita neste caso.
“Seguimos cobrando justiça real, proteção à vida animal e segurança para quem denuncia! A causa animal precisa ser levada a sério!”, comentou.
Relembre o crime
Larissa foi presa no dia 13 de junho, depois que protetores animais acionaram a polícia para denunciar o assassinato de alguns animais. Ela foi autuada em flagrante por maus-tratos a animais com resultado em morte e, na audiência de custódia, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Desde então, ela estava detida na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto.
Segundo investigações da Polícia Civil, na casa da estudante, foram encontrados vestígios de sangue, rações velhas e fezes de gato. Além disso, pelos menos três animais foram encontrados mortos em um terreno baldio localizado a cerca de 120 metros da casa dela. Animais esses que, conforme a denúncia dos protetores, foram adotados por ela.
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À polícia, o namorado de Larissa confessou que adotou quatro gatos para ela, desde o início deste ano, e que os quatro foram mortos. Durante o depoimento, ele disse que a namorada dizia que tinha cometido os crimes porque os animais haviam lhe arranhado.
Uma equipe da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA) foi deslocada até a casa da suspeita, onde foi constatado que um gato adotado havia sido morto e descartado no terreno baldio. Na casa dela, os policiais encontraram um lençol com sangue, um filhote de cachorro e várias rações para gato, mas nenhum felino foi localizado dentro do imóvel.
Na sexta (25), quando foi expedido o alvará de soltura, a Justiça substituiu a prisão preventiva da acusada por medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, além do recolhimento em casa no período noturno, finais de semana e dias de folga. Em caso de descumprimento, a medida poderá ser revogada e a prisão novamente decretada.