facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 28 de Outubro de 2025
28 de Outubro de 2025

28 de Outubro de 2025, 15h:20 - A | A

POLÍCIA / APÓS "FECHADA"

Casal que morreu no CPA havia se envolvido em briga de trânsito e estava sendo perseguido antes do acidente

De acordo com o delegado Cristian Cabral, o casal teria sido fechado antes por um carro modelo Prisma, o que gerou uma discussão e em seguida perseguição.

GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT



O delegado da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), Cristian Cabral, confirmou que o casal de engenheiros Priscilla Yvana Furoni Silva, de 33 anos, e Giovani Vinícius Curvo Santiago Silva, 34, mortos em um acidente na noite de sexta-feira (24), estava sendo perseguido por outro veículo instantes antes da colisão. O caso foi registrado na região do CPA 1, em Cuiabá.

Segundo o delegado, tudo começou com uma desavença no trânsito entre o Renault Sandero, dirigido por Giovani, e um Chevrolet Prisma ocupado por três pessoas: um homem, a esposa e o filho do casal. Ambos trafegavam pela região do Parque das Nascentes, quando o Prisma teria ingressado na via preferencial e “fechado” a passagem do Sandero.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Leia mais - Polícia vai investigar se casal de engenheiros mortos em acidente no CPA 1 foi perseguido

“O condutor do Sandero, ao se sentir trancado, buzinou insistentemente. O motorista do Prisma, irritado com a reação, abriu o vidro e fez um gesto obsceno em direção ao outro carro. A partir daí, a situação saiu de controle”, relatou Cabral.

De acordo com ele, os dois veículos chegaram a se tocar durante a confusão.

Houve uma pequena colisão entre a parte traseira do Sandero e a dianteira do Prisma, mas nada grave, algo que não passa de R$ 500 de prejuízo. Mesmo assim, os ânimos se exaltaram”, detalhou.

Após o toque, o motorista do Sandero seguiu em alta velocidade, sendo perseguido pela família que estava no Prisma.

Eles alegam que queriam apenas identificar o condutor para cobrar os danos. Mas, na prática, essa perseguição acabou sendo determinante para o desfecho trágico”, afirmou o delegado.

Durante o trajeto, a passageira do Prisma chegou a descer do carro na tentativa de conversar com os ocupantes do Sandero, mas o outro veículo seguiu em fuga. Pouco depois, na Avenida Joinville, o Renault Sandero foi atingido em cheio por uma Mercedes-Benz, sendo arremessado contra um poste. Priscilla e Giovani morreram ainda no local. Um cachorro que estava com o casal sobreviveu.

Cabral destacou que a família que estava no Prisma se apresentou espontaneamente na Deletran hoje (28) e prestou depoimento. O delegado explicou que eles vão responder por omissão de socorro.

Eles confirmaram que houve a discussão, o toque entre os carros e a perseguição. Com base nisso, os três deverão responder por omissão de socorro, já que deixaram o local sem prestar assistência após o acidente”, disse.

Imagens de câmeras de segurança mostram o Sandero passando em alta velocidade antes da batida. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também acompanha o caso, já que a dinâmica indica que a perseguição pode ter contribuído diretamente para o acidente fatal.

Foi uma sucessão de atitudes impensadas: uma fechada, um gesto, um toque de leve... e o resultado foi a perda de duas vidas. O trânsito não é lugar para disputa de ego”, concluiu o delegado.

Comente esta notícia