GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
A juíza Helícia Vitti Lourenço, da 4ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a liberdade do ex-policial militar Jerfson Santana Vieira, que estava internado provisoriamente no Centro Integrado de Assistência Psicossocial (Ciaps) Adauto Botelho desde o fim de agosto. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (27) no Diário da Justiça.
Como noticiado pelo
, Jerfson havia sido preso em flagrante na noite de 26 de agosto, após provocar dois acidentes de trânsito na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. Durante a confusão, ele atingiu um carro Ford Ka por três vezes e, ao tentar fugir, arrastou um motociclista, que ficou em estado grave e foi levado ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
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Leia mais - Juíza suspende processo de ex-PM que deu soco no rosto da jornalista Angélica Gomes, da Gazeta
Enquanto a imprensa cobria a ocorrência, o ex-PM agrediu a repórter Angélica Gomes, da TV Gazeta, derrubando a câmera e desferindo um soco no rosto da jornalista, que registrou boletim de ocorrência e passou por exame de corpo de delito.
Durante a audiência de custódia, no dia seguinte à prisão, a Justiça converteu a prisão preventiva em internação provisória, diante de indícios de surto psicótico. Desde então, Jerfson permanecia sob acompanhamento médico e avaliação psiquiátrica.
No despacho, a magistrada considerou que houve melhora no quadro clínico e que a equipe multidisciplinar do Adauto Botelho recomendou a continuidade do tratamento em regime ambulatorial, o que dispensaria a permanência no hospital.
“Cessou a periculosidade inicial que justificava a internação”, escreveu a juíza, destacando que o laudo médico atesta o controle do quadro psicótico e que não há mais elementos que justifiquem a manutenção da medida.
Com a revogação da internação, Jerfson deverá cumprir medidas cautelares, entre elas o comparecimento mensal ao tratamento ambulatorial e às perícias médicas, a proibição de dirigir veículos automotores, a proibição de contato com as vítimas e testemunhas, a proibição de frequentar bares e consumir bebidas alcoólicas, além da permanência em casa sob acompanhamento da curadora até a próxima perícia, marcada para 14 de novembro.
A juíza também alertou que o descumprimento das medidas poderá resultar no restabelecimento da prisão preventiva.
A defesa de Jerfson sustenta que ele sofre de esquizofrenia. O Ministério Público havia se posicionado contra a desinternação antes da conclusão do laudo psiquiátrico, mas o pedido foi rejeitado pelo juízo.





















