DA CNN
A imprensa internacional repercutiu a megaoperação policial que deixou mais de 60 mortos no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28).
A ação no Complexo do Alemão já é considerada a operação policial mais letal da história do estado. Segundo as forças de segurança do Rio, morreram 60 criminosos, dois policiais civis e dois policiais militares do BOPE.
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O jornal britânico The Guardian destacou que a operação começou antes do amanhecer nos arredores do Complexo do Alemão e da Penha, onde vivem cerca de 300 mil pessoas.
"Ativistas de direitos humanos e políticos da oposição expressaram indignação com o derramamento de sangue", destacou o Guardian.
A emissora alemã DW (Deutsche Welle) chamou atenção ao fato da capital fluminense estar prestes a sediar grandes eventos relacionados à COP30: a cúpula C40, que reunirá prefeitos das principais cidades do mundo; e o Earthshot Prize, concedido anualmente pelo príncipe William, a cinco vencedores por suas contribuições ao meio ambiente.
"O Rio já testemunhou operações policiais em larga escala e, às vezes, pesadas, visando áreas mais pobres e assoladas pelo crime antes de eventos internacionais, com batidas semelhantes antes dos jogos da Copa do Mundo de 2014, das Olimpíadas de 2016, da cúpula do G20 do ano passado e da cúpula do BRICS no início deste ano", pontuou a DW.
O periódico argentino Clarín destacou as "cenas de guerra no Rio de Janeiro". "Um vídeo mostra quase 200 tiros disparados em um minuto, em meio a nuvens de fumaça", escreveu o jornal.
"Apesar do enfraquecimento, o Comando Vermelho continua controlando partes do Rio de Janeiro. É comum ver as ruas de muitas favelas cariocas marcadas com a sigla CV", acrescentou.
A rádio pública francesa RFI destacou que as autoridades de segurança mobilizaram "dois helicópteros, 32 veículos blindados e 12 veículos de demolição usados para destruir barricadas erguidas por traficantes de drogas para impedir a entrada da polícia nas ruas estreitas das favelas".
O jornal espanhol El País reforçou o fato de que a operação policial já é a mais mortal da história da cidade.
"O Rio de Janeiro, destino turístico, antiga capital e lar de seis milhões de habitantes, é simultaneamente uma cidade altamente desigual, acostumada à violência, mas as doses aplicadas nesta terça-feira são extraordinárias, mesmo para os moradores locais", escreveu o El País.
O argentino La Nación destacou as declarações do governador Cláudio Castro (PL), nas quais afirmou que a operação é "uma ação em defesa do Estado".
Um dos jornais mais tradicionais de Portugal, o Público pontuou que membros do Comando Vermelho teriam utilizado drones para lançar granadas contra policiais.
"Nos últimos anos, têm-se multiplicado as intervenções militares contra grupos criminosos no Rio de Janeiro. Em 2021, 28 pessoas morreram em circunstâncias similares na favela do Jacarezinho, no Norte do estado", escreveu.
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