APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O juiz Francisco Ney Gaíva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, aceitou a denúncia do Ministério Púbico contra Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi, apontados como os mandantes do assassinato do advogado Renato Nery.
O MP pediu o aditamento da denúncia inicial, que não trazia os nomes desses acusados, uma vez que a investigação policial ainda estava em curso.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
“Diante disso, recebo o aditamento à denúncia, com fundamento nos artigos 384 e 569 do Código de Processo Penal. Determino a citação pessoal de Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi, para responderem ao aditamento da denúncia no prazo legal, conforme artigo 396 do CPP, sob pena de nulidade”, diz trecho da decisão do magistrado.
LEIA MAIS - Casal de empresários é denunciado pelo MP por assassinato de Renato Nery
A denúncia atribui a eles os crimes de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, que resultou em perigo comum e com recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, o MP entende que eles integravam uma organização criminosa.
Conforme o órgão ministerial, os dois são os autores intelectuais do crime, que teria sido motivado por uma disputa de décadas por terras na cidade de Novo São Joaquim, interior de Mato Grosso. Renato Nery venceu a ação, causando inconformismo nos agora denunciados.
Outros envolvidos
O policial militar Heron Teixeira confessou envolvimento no assassinato, bem como o caseiro dele, Alex Roberto, que foi o autor dos disparos.
À polícia, Heron disse que contratou Alex dois meses antes do assassinato. Já Alex confessou ter atirado em Renato Nery a mando de César e Julinere. Ele disse também que recebeu cerca de R$100 mil do casal para cometer o crime.
Os dois deverão responder por homicídio triplamente qualificado.
Além do casal de empresários, do policial militar e do caseiro, a polícia identificou ainda outros policiais militares envolvidos na morte do advogado.
LEIA MAIS - Assassinato de Renato Nery completa um ano
Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso, do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) foram acusados de forjarem um confronto para dar fim na arma utilizada para matar Renato Nery. Eles foram presos preventivamente, mas, por determinação do juiz Francisco Ney Gaíva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, conseguiram a liberdade.
O PM Ícaro Nathan Santos Ferreira também foi apontado como um dos envolvidos no assassinato e continua preso.