ISABELA ALEIXO E LORENA BARROS
UOL
A família de Maycon Peterson, de 27 anos, um dos mortos resgatados na mata por moradores do Complexo da Penha, está desde a tarde ontem aguardando para fazer o reconhecimento no IML no Rio. O órgão foi fechado para receber somente os corpos das vítimas da operação.
O que aconteceu
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Irmão diz que recebeu uma senha de número 7 e foi orientado a aguardar por uma ligação. Segundo Robert Allan da Silva, até agora eles não foram procurados.
A esposa de Maycon, que preferiu não se identificar, mostrou a última troca de mensagens: "ora por nós". "Eu vi a mensagem da mulher do policial falando com ele, e foi a mesma mensagem que recebi. 'Só ora por mim', a mesma coisa que o policial falou para a mulher dele", conta. Depois da mensagem, Maycon disse que estava no mato, onde foi encurralado e morto.
O sargento do Bope Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, mandou mensagem similar para a esposa, Jéssica Araújo. "Estou orando", disse Jéssica e Heber respondeu "Estou bem. Continua orando". Esta foi a última mensagem de Heber. Ele também morreu na operação.
A dor é igual. Somos seres humanos. Eles também tinham filho, mãe esperando. Independente do caminho traçado, a família não tem nada
Esposa de Maycon Peterson.
Dias de espera
Alguns dos parentes que aguardam reconhecimento dos corpos estão pelo segundo dia na porta do IML. Uma dessas pessoas, que preferiu não se identificar, acompanha a irmã e busca o sobrinho — com quem não se comunicam desde segunda-feira.
As duas foram embora sem respostas às 16h de ontem e voltaram às 8h de hoje. "Eles mandaram colocar o nome na lista e falaram que, quando identificassem, ligavam", afirmou. Ela acompanha a irmã, que busca o filho, com quem não se comunica desde a segunda-feira. Leia a matéria completa no UOL.
