Delegado: Menores que espancaram estudante já bateram em outras garotas antes

As alunas montaram um grupo, semelhante a uma organização criminosa, em que definiam atribuições e regras para suas integrantes.

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As menores confessaram as agressões e ainda falaram que não era a primeira vez.

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As menores confessaram as agressões e ainda falaram que não era a primeira vez.

DO REPÓRTER MT

O delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira revelou que o grupo de meninas que espancou uma colega de 12 anos, na Escola Estadual Carlos Hugueney, no município de Alto Araguaia (a 415 km de Cuiabá), já havia agredido outras quatro garotas antes.

Na apuração dos fatos, foram ouvidas cerca de 10 pessoas, entre elas as menores envolvidas, os pais, a diretoria da escola e a vítima. As menores confessaram as agressões e ainda falaram que não era a primeira vez. Nos aparelhos celulares das garotas foram encontrados vídeos delas espancando outras quatro meninas.

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“Ao ouvir essas adolescentes que participaram desse ato bárbaro, elas inclusive confidenciaram que agrediram outras quatro colegas também, que teriam descumprindo essas regras. Nós fizemos a apreensão dos celulares e constatamos esses vídeos dessas outras agressões”, pontuou o delegado.

As investigações iniciaram na segunda-feira (4) após a equipe da Delegacia de Alto Araguaia receber o vídeo em que a menor aparecia sendo espancada sem qualquer condição de defesa. Iniciadas as investigações, os policiais da Delegacia de Alto Araguaia identificaram as quatro menores envolvidas, sendo uma delas com apenas 11 anos de idade.

Segundo o delegado, as alunas montaram um grupo entre si, semelhante a uma organização criminosa, em que definiam atribuições e regras para suas integrantes. A aluna vítima das agressões estaria sendo castigada após descumprir alguma das regras criadas pelo grupo.

Durante a sessão de castigo, uma das regras impostas era de que a vítima não poderia chorar, caso contrário aumentariam as agressões.

“Foi apurado até o momento que um grupo de aproximadamente 20 alunos dessa escola, talvez inspirado por essa bandidolatria que infelizmente está consumindo nosso país, resolveram entre eles criar um grupo, definindo regras, líder, disciplina, copiando mais ou menos o que ocorre dentro das facções criminosas”, concluiu o delegado.