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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
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07 de Março de 2018, 15h:46 - A | A

POLÍCIA / FUGIU DA AUDIÊNCIA

Decretada prisão de universitária cuiabana que matou gari atropelado em SP

Hivena foi indiciada por quatro crimes: homicídio culposo, lesão corporal, omissão de socorro e fuga do local do acidente.

CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO



A universitária cuiabana Hivena Queiroz Del Pintor Vieira, de 27 anos, teve a prisão decretada pela Justiça de São Paulo nesta terça-feira (6) por ser considerada culpada pelo atropelamento e morte do gari Alceu Ferraz, de 61 anos, na Avenida São João, no Centro da Capital paulista, em junho de 2015. Na ocasião, outro gari, José João da Silva, também foi atingido, mas sofreu apenas ferimentos leves e sobreviveu.

De acordo com a decisão da juíza Sonia Nazaré Fernandes Fraga, da 24ª Vara Criminal de São Paulo, o ato praticado pela universitária é considerado grave, principalmente por ela ter adotado postura omissa após o ocorrido.

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Os fatos praticados são graves, tiraram a vida de um trabalhador e causaram comoção nacional, de forma que nada justifica a postura omissa da acusada e que está a impedir a aplicação da lei penal”, diz trecho da decisão da magistrada ao qual o teve acesso.

A magistrada citou que faltou informação e representatividade por parte da  universitária, já que ela e a defesa dela não compareceram à audiência que ocorreu nesta terça-feira e também não foi informado qual o endereço atual da acusada.

A acusada tinha plena ciência da investigação em andamento, estava representada por advogados que também acompanharam toda a investigação e não manteve qualquer informação atualizada sobre seu endereço no presente feito, o que inviabiliza a sua citação pessoal até o momento; além disso, seus advogados foram intimados e nada informaram sobre o seu paradeiro” diz trecho da decisão.

A juíza ainda citou que a ré, além de fugir após o atropelamento, ligou para a polícia e passou informações falsas, o que mostra desinteresse em colaborar com as investigações.

Teria assim agido para eventual justificativa futura sobre os danos em seu veiculo. Esse possível perfil de quem procura a qualquer custo se desvencilhar da aplicação à lei penal persiste diante de inequívoco comportamento”, completa a magistrada.

Na acusação, o advogado que representa a família da vítima, Ademar Gomes, sustentou que o crime cometido por Hivena é considerado de alta periculosidade, de comoção nacional e além disso, a acusada demonstrou ser uma pessoa que oferece risco à sociedade por não ter prestado socorro às vítimas e fugir da Justiça para não ser punida.

Hivena foi indiciada pelos crimes de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), lesão corporal, omissão de socorro e fuga do local do acidente.

Desta forma, presentes os requisitos legais, requer-se desde logo a decretação da sua prisão preventiva, em especial para garantir a aplicação da lei penal”, determinou a magistrada na decisão.

O caso

Por volta de meia noite do dia 16 de junho, a estudante de Arquitetura, que na época tinha 24 anos, atropelou e matou o gari Alceu Ferraz, que sofreu múltiplas fraturas e morreu no local. O carrinho de Alceu foi arremessado contra o colega José João, que foi levado ao hospital com ferimentos leves.  As duas vítimas atropeladas varriam a rua quando foram atingidas pela motorista.

Depois do atropelamento a universitária entrou na contramão na Praça da República e uma câmera de segurança gravou o momento em que o carro com o para-brisa quebrado passou pelo local.

A PM recebeu uma denúncia e encontrou o veículo, um Peugeot, com o vidro quebrado, no estacionamento de um prédio em Moema, bairro de classe média alta na Zona Sul.

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