DO REPÓRTERMT
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) protocolou, nessa terça-feira (25), uma representação para que a Corregedoria da Polícia Civil apure a conduta do delegado Pablo Carneiro, que na última semana prendeu um médico em um hospital de Cuiabá. A prisão, segundo o CRM, foi ilegal. O documento foi entregue à diretoria e à corregedoria da corporação.
Presidente do CRM-MT, Diogo Sampaio esteve reunido com a delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, e com o diretor metropolitano, Wagner Bassi. No encontro, ele relatou o episódio envolvendo o delegado e registrado na quarta-feira da semana passada (dia 19).
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Aos delegados, Sampaio reafirmou que o caso não afeta o trabalho em cooperação realizado pelo Conselho e a Polícia Civil, mas cobrou providências.
Sampaio também esteve reunido com o corregedor-geral da corporação, o delegado Jesset Arilson Munhoz de Lima, e com o corregedor adjunto, Márcio Moreno Vera. Eles informaram ao presidente do Conselho conduta do delegado será devidamente apurada.
Ele destacou que a mesma representação será entregue à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (ALMT) e ao Ministério Público Estadual (MPE). “Seguiremos apoiando o médico, como fizemos desde o início deste absurdo caso e vamos acompanhar os desdobramentos desta apuração”, pontuou.
Relembre o caso
Conforme noticiado anteriormente pelo
, o delegado foi até o Hospital H-Bento, em Cuiabá, para uma avaliação pré-cirúrgica. No local, foi atendido pelo médico residente Gilmar Silvestre de Lima.
Na ocasião, Pablo estranhou ser atendido por Gilmar, já que o agendamento previa uma médica mulher. Durante o atendimento, o profissional fez os procedimentos necessários e preencheu o formulário, assinando como responsável, mas sem carimbo.
Após sair da sala, o delegado conferiu o registro do profissional, que estaria atendendo como anestesista, e concluiu que ele não tinha a especialização necessária, dando voz de prisão.
Na delegacia, o médico foi ouvido e acabou liberado, mas testemunhas relatam que o delegado ainda tentou alterar a tipificação da denúncia para tentar fazer com que ele fosse preso.
Ao tomar conhecimento do episódio, o CRM-MT se posicionou e classificou a prisão como “abusiva”, dizendo que houve “violação grave dos direitos e prerrogativas de um médico formado”. O Conselho também alegou que o profissional foi “vítima de violência institucional”.
Na manifestação, o CRM-MT reforçou que médicos residentes são legalmente habilitados para realizar consultas e avaliações, ainda que sem título de especialista.

























