APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A Corregedoria Geral da Polícia Civil vai apurar a denúncia de “violência institucional”, emitida pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), contra o delegado Pablo Carneiro, da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá. Ele deu voz de prisão ao médico residente Gilmar Silvestre de Lima, que o atendeu em um hospital da Capital. Além da prisão, testemunhas alegam que o delegado também teria ameaçado outros membros da equipe médica.
Segundo a Polícia Civil, a investigação sobre o caso será conduzida pela própria delegacia à qual Pablo pertence. Testemunhas deverão ser ouvidas nos próximos dias.
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Conforme noticiado anteriormente pelo
, o delegado foi até o Hospital H-Bento, em Cuiabá, para uma avaliação pré-cirúrgica. No local, foi atendido pelo médico residente Gilmar Silvestre de Lima.
Na ocasião, Pablo estranhou ser atendido por Gilmar, já que o agendamento previa uma médica mulher. Durante o atendimento, o profissional fez os procedimentos necessários e preencheu o formulário, assinando como responsável, mas sem carimbo.
Após sair da sala, o delegado conferiu o registro do profissional, que estaria atendendo como anestesista, e concluiu que ele não tinha a especialização necessária, dando voz de prisão.
Na delegacia, o médico foi ouvido e acabou liberado, mas testemunhas relatam que o delegado ainda tentou alterar a tipificação da denúncia para tentar fazer com que ele fosse preso.
Ao tomar conhecimento do episódio, o Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) se posicionou e classificou a prisão como “abusiva”, dizendo que houve “violação grave dos direitos e prerrogativas de um médico formado”. O Conselho também alegou que o profissional foi “vítima de violência institucional”.
Na manifestação, o CRM-MT reforçou que médicos residentes são legalmente habilitados para realizar consultas e avaliações, ainda que sem título de especialista.
Veja a nota da Polícia Civil:
"A Polícia Civil informa que o profissional foi encaminhado até a delegacia para esclarecimentos. Depois de ouvido o médico foi liberado, bem como testemunhas foram arroladas e serão ouvidas nos próximos dias pela Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá.
A Corregedoria Geral da Polícia Civil esclarece que os fatos serão apurados."
















