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Cuiabá, 20 de Novembro de 2025
20 de Novembro de 2025

20 de Novembro de 2025, 14h:45 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÕES IRREAIS

MPF: Master praticou crimes contra sistema financeiro 'como jamais se viu'

O Banco Master apresentou ao Banco Central uma carteira falsa de clientes e operações irreais para tentar justificar negociações bilionárias com o Banco de Brasília.

DANIELA LIMA
DO UOL



 Ao pedir a prisão de toda a diretoria financeira do banco Master à Justiça, o Ministério Público Federal classificou a atuação do grupo como a de uma organização criminosa que lesa há anos investidores e os cofres públicos. Mais: disse que raramente se vê uma fraude sistemática tão bem documentada como a exposta agora, após denúncia do Banco Central.

"Há provas abundantes, como raramente se vê em crimes dessa espécie, de que opera na estrutura formal do Banco Master uma verdadeira organização criminosa, que atua consistentemente há anos, com divisão de tarefas e possível corrupção de agentes públicos, para praticar crimes contra o sistema financeiro nacional, contra a Administração Pública e contra investidores privados e fundos de pensão, causando prejuízos bilionários", diz a peça escrita pelo procurador Gabriel Pimenta Alves a que a coluna teve acesso.

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O MPF explica que a representação por organização criminosa ficaria a cargo de outra comarca, mas faz questão de apontar um esquema que perdura há anos e que foi diversas vezes denunciado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para "dar contexto" à acusação de fraude em conluio do Master com o BRB.

Para a Procuradoria, Daniel Vorcaro, dono do Master, é o cabeça da organização criminosa. O MPF faz questão de afirmar que "a prática de crimes é extensa e variada, como talvez jamais se tenha visto no sistema financeiro nacional, por uma instituição formalmente constituída".

"A CVM verificou a prática, pelo menos desde 2018, de diversos crimes graves envolvendo a gestão do Banco Master, em seguidos processos administrativos sancionadores do órgão. Em alguns deles, os investigados conseguiram encerrar o caso por meio de acordos, apesar da gravidade dos fatos e do histórico de reincidência, impedindo o envio de representação criminal ao MPF", explica o procurador.

Ele detalha as diversas ocorrências e separa os núcleos que comandam a cadeia supostamente criminosa, o que operacionaliza a cadeia de laranjas envolvidas na alavancagem do Master com base em uma carteira de clientes falsa.

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