APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A vereadora e primeira-dama de Cuiabá, Samantha Íris (PL), criticou a estratégia usada por feminicidas em Mato Grosso para escapar da cadeia apresentando atestado de algum tipo de distúrbio emocional ou doença mental. A fala foi feita quando a parlamentar comentava a decisão da Justiça de soltar o feminicida Daniel Bennemann Frasson, depois que a Politec emitiu um laudo dizendo que ele é inimputável por ter depressão.
Daniel esfaqueou até a morte Gleici Keli Geraldo de Souza, sua esposa, e feriu com golpes de faca a filha de sete anos do casal. O crime aconteceu em junho deste ano, em Lucas do Rio Verde (a 333 km de Cuiabá).
“Acho que se depressão fosse motivo para sair matando, tinha muito mais homem morto por mulher do que mulher morta por homem. Porque as mulheres são muito mais propensas ao fato de depressão, de situações e aí a gente não vê esse cenário. Então eu acho que isso é uma desculpa esfarrapada”, disse Samantha.
A vereadora pontuou que não é médica para julgar a saúde mental de quem quer que seja, mas disse achar “muito estranho” que esse seja o mesmo argumento que vem sendo utilizado por diversos assassinos de mulheres.
“O homem vai lá e alega que está com algum problema de saúde mental. A gente precisa revisar isso, porque parece que é o padrão e é um padrão meio complicado, porque a gente vê que para outras coisas tem a sanidade mental em dia, mas para ter a situação de saber como lidar com a esposa não tem”, apontou.
“Acho que é um fator que a gente deve observar. Tem acontecido muito isso e a gente precisa observar isso”, disse.
