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Cuiabá, 26 de Novembro de 2025
26 de Novembro de 2025

26 de Novembro de 2025, 10h:30 - A | A

POLÍCIA / VEJA FOTOS

PF apreende planilha de pagamentos e Land Rover de empresário preso em Cuiabá por desvio de R$ 22,5 milhões na Saúde

Caderneta e planilha apreendidas são tratadas como peças-chave para rastrear o dinheiro desviado.

FERNANDA ESCOUTO
GUSTAVO CASTRO



A Polícia Federal apreendeu uma caderneta com anotações, uma planilha, o celular e uma Land Rover que estavam com o empresário Humberto Silva, preso em Cuiabá durante a Operação Paralelo Cinco, deflagrada na terça-feira (25). Ele é acusado de integrar um esquema que desviou R$ 22,5 milhões da Saúde de municípios do Rio Grande do Sul e de São Paulo.

Durante a ação no Hotel D’Luca, onde Humberto estava hospedado, os policiais encontraram na mala dele uma caderneta com registros de valores, considerados potencialmente relevantes para a investigação. (Veja as fotos no final da matéria).

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No interior da Land Rover, também foi localizada uma cópia de uma planilha contendo registros de pagamentos para fornecedores em São Caetano, Santa Cruz, Aracaju, Fortaleza e Lagarto.

Apesar de não terem sido localizados valores em espécie ou itens ilícitos, o veículo, o telefone, a caderneta e os documentos foram apreendidos por serem essenciais para a continuidade das apurações. Humberto, ao ser questionado, recusou-se a fornecer a senha do celular.

Desvio de recursos

Segundo a PF, o grupo do qual Humberto fazia parte assumiu a gestão dos hospitais municipais de Jaguari (RS) e Embu das Artes (SP). Entre 2022 e agosto de 2025, essas unidades receberam mais de R$ 340 milhões em recursos municipais, estaduais e federais.

Dono do Centro de Reabilitação Psicossocial de Cuiabá (Creap), que se apresenta como o primeiro Pronto Atendimento Psiquiátrico da Capital,  Henrique também é sócio de Diógenes no Grupo Agora Comunicação e Investimento.

As investigações apontam que o esquema utilizava empresas de fachada e notas fiscais inidôneas para ocultar a destinação real do dinheiro. Os valores eram distribuídos para dezenas de contas de pessoas físicas e jurídicas sem vínculo com os serviços contratados, alimentando um sistema de ocultação financeira.

Também foram identificados gastos pessoais pagos diretamente das contas dos convênios, como salários fictícios, aluguel de imóveis de luxo, viagens, compra de bens particulares e outras despesas privadas.

A operação cumpriu 24 mandados de busca e apreensão, duas prisões preventivas, sequestro de 14 imóveis, apreensão de 53 veículos e uma embarcação, além do bloqueio de R$ 22,5 milhões. A Justiça determinou ainda o afastamento de servidores, suspensão de empresas e intervenção nos hospitais administrados pelo grupo.

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PF

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