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Cuiabá, 26 de Novembro de 2025
26 de Novembro de 2025

26 de Novembro de 2025, 12h:58 - A | A

POLÍCIA / DESVIO DE R$ 22 MILHÕES

Preso em Cuiabá por esquema na Saúde é sócio do marido de Janaina Riva

PF afirma que grupo do qual empresário fazia parte desviou recursos destinados a hospitais no RS e em SP.

DA EDITORIA



Um dos investigados da Operação Paralelo Cinco, que investiga um esquema que desviou R$ 22,5 milhões da saúde no Rio Grande do Sul e em São Paulo, é o empresário Humberto Silva, proprietário do Centro de Reabilitação Psicossocial de Cuiabá (Creap) e sócio do empresário Diógenes de Abreu Fagundes,  que é filho do senador Wellington Fagundes (PL) e marido da deputada estadual Janaina Riva (MDB).

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Humberto foi preso nessa terça-feira (25) em um hotel de Cuiabá. Dono da Creap, que se apresenta como o primeiro Pronto Atendimento Psiquiátrico da Capital, ele também é sócio de Diógenes no Grupo Agora Comunicação e Investimento.

Segundo a PF, o grupo do qual Humberto fazia parte assumiu a gestão dos hospitais municipais de Jaguari (RS) e Embu das Artes (SP). Entre 2022 e agosto de 2025, essas unidades receberam mais de R$ 340 milhões em repasses públicos, provenientes de recursos municipais, estaduais e federais destinados ao custeio dos serviços de saúde.

As investigações apontam que o esquema de desvio utilizava empresas de fachada e entidades sem capacidade operacional, responsáveis pela emissão de notas fiscais inidôneas para ocultar a destinação real do dinheiro.

Os valores eram rapidamente distribuídos para dezenas de contas de pessoas físicas e jurídicas sem vínculo com os serviços contratados, beneficiando gestores da organização social e alimentando um sofisticado sistema de ocultação financeira.

Também foram identificados desvios feitos diretamente das contas dos convênios, especialmente para pagar despesas pessoais, como salários elevados a funcionários sem prestação de serviço, contratos fictícios, aluguel de imóveis de alto padrão, viagens de luxo, compra de bens particulares e outras vantagens pessoais, tudo financiado com recursos originalmente destinados aos hospitais públicos.

A operação cumpriu ações em três estados, com 24 mandados de busca e apreensão, duas prisões preventivas, sequestro de 14 imóveis, apreensão de 53 veículos e uma embarcação, além do bloqueio de R$ 22,5 milhões. A Justiça também afastou servidores, suspendeu empresas e determinou intervenção nos hospitais administrados pelo grupo.

Outro lado

O tentou contato com o empresário Diógenes Fagundes e com a deputada Janaina Riva, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto. 

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