APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), disse que quem participou do protesto contra a desapropriação da área invadida na região da Avenida Contorno Leste não poderá receber os lotes urbanizados que estão sendo preparados pela Prefeitura. O gestor critiou o fato de as vias terem sido obstruídas e danificadas com a queima de pneus.
“Eu quero passar um alerta para as pessoas do Contorno Leste: nós vamos pegar todos os vídeos de pessoas queimando pneu, de pessoas vandalizando as vias públicas, porque quando você queima pneu você danifica o asfalto, você danifica a via pública, [vamos pegar] todos os vídeos de pessoas que estiverem fazendo essas atitudes, essas pessoas não estarão na lista de beneficiados no novo lote urbanizado que nós vamos fazer”, afirmou.
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Abilio também disse que invasor não tem direito à propriedade da terra invadida e muito menos aos lotes que a Prefeitura planeja entregar para famílias em situação de vulnerabilidade.
“Não é porque você invadiu uma propriedade que você tem direito a essa propriedade. Existe uma diferença muito grande, você invadir uma propriedade não te dá direito a uma propriedade. E nem te dá direito a um lote urbanizado, que é o que a gente está querendo entregar”, disse.
O prefeito classificou o ato como vandalismo e afirmou que sempre esteve disponível para conversar com os moradores, mas que não aceitará conversar com quem promove vandalismo.
“Nós estamos fazendo tudo o que podemos para ajudar aquelas pessoas dentro das nossas possibilidades, dentro dos nossos limites. Agora, se o caminho que ela tem para conversar com a gente é através de queimar pneu, travar via pública, de fazer daquela forma, não terá o apoio da Prefeitura de Cuiabá”, acrescentou.
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Os invasores têm até o dia 27 de outubro para deixar a área ocupada de forma voluntária. Quem ainda estiver no local no dia 28 será removido pelas autoridades competentes. A determinação foi dada pela juíza Adriana Sant’Anna Coningham.
O cronograma feito pela Justiça de Mato Grosso prevê que a reintegração seja feita em uma área de 5,7 hectares, ocupadas por 196 famílias em situação de vulnerabilidade. Os proprietários dos imóveis se comprometeram a auxiliar com a remoção dos bens dos moradores e a custear três meses de aluguel social, até que as famílias sejam contempladas em programas habitacionais.