APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) admitiu que a eventual aprovação do reajuste salarial de 6,8% aos servidores do Poder Judiciário pode gerar um efeito cascata com pedidos semelhantes de servidores dos demais poderes em Mato Grosso.
O projeto de lei, de autoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), tramita na Assembleia Legislativa. O Governo do Estado se posiciona contra a proposta e tenta convencer os deputados a barrar o aumento.
Na sessão de quarta-feira (5), o deputado Doutor Eugênio (PSB) pediu vista, adiando a votação da matéria para a próxima semana.
“Lógico que pode [provocar pedidos de reajuste de outros poderes], mas isso não quer dizer que seja obrigado a fazer. Agora, que pode acarretar o pedido, pode. Os outros evidentemente podem pedir, Executivo e outros poderes podem fazer esse pedido”, afirmou Botelho.
O parlamentar destacou, porém, que cabe a cada Poder avaliar sua própria capacidade financeira antes de encaminhar propostas de reajuste.
“Cada poder tem que analisar, dentro do seu orçamento, a sua capacidade”, completou.
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Na segunda-feira (3), o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, já havia alertado sobre o impacto orçamentário que o reajuste pode gerar. Segundo ele, o aumento representaria R$ 1,6 bilhão por ano em despesas, em um momento em que o Estado se prepara para perdas estimadas em R$ 8 bilhões com a Reforma Tributária.
“Essas decisões não pesam no dia seguinte, mas no futuro. Quando estivermos sem dinheiro por causa da Reforma Tributária, o que vamos fazer? Vender picolé na rua, como está acontecendo nos Estados Unidos com o shutdown”, ironizou Gallo.














