GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, fez um alerta hoje (3) sobre os riscos fiscais do reajuste de 6,8% proposto pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) aos seus servidores. Segundo ele, o aumento pode desencadear um efeito em cadeia entre os demais Poderes e gerar um impacto bilionário nas finanças estaduais.
“Essas decisões não pesam no dia seguinte, mas no futuro. Quando estivermos sem dinheiro por causa da reforma tributária, o que vamos fazer? Vender picolé na rua, como está acontecendo nos EUA com o ‘shutdown’”, disse o secretário, em tom de ironia.
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O projeto de lei, encaminhado pelo TJ em setembro deste ano, já foi aprovado em primeira votação pela Assembleia Legislativa e deve voltar à pauta nesta quarta-feira (6). O Judiciário calcula um custo de R$ 40 milhões neste ano, mas a Secretaria de Fazenda estima que, com o efeito cascata, o impacto possa chegar a R$ 1,6 bilhão.
Gallo também questionou a falta de estudos detalhados sobre os impactos previdenciários da proposta.
“Uma coisa é calcular o aumento para este exercício. Outra é avaliar se haverá arrecadação suficiente para bancar as aposentadorias no futuro”, ponderou.
Para o secretário, o reajuste pode comprometer o equilíbrio fiscal e abrir precedente para novas pressões salariais.
“Acaba gerando uma reação em cadeia. A pergunta será inevitável: se um teve aumento, por que o outro não pode ter?”, afirmou.
















