GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
Em nova oitiva realizada na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta segunda-feira (8), Reyvan da Silva Carvalho, 30 anos, preso pelo estupro e feminicídio de Solange Aparecida Sobrinho, de 52 anos, confessou que teve relação sexual com a vítima, mas alegou que o ato teria sido consentido. Ele, no entanto, continua negando que tenha matado a mulher.
A versão é desmentida pelo laudo oficial da Politec, que atestou que Solange foi estuprada e morta por asfixia devido à esganadura.
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A informação foi confirmada ao pelo delegado Bruno Abreu, responsável pelas investigações.
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Segundo o delegado, Reyvan afirmou que manteve contato sexual com Solange na manhã do dia do crime, em um banheiro próximo à piscina da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso). O suspeito ainda negou a penetração anal, apesar de laudos periciais apontarem o contrário.
Contradições e provas técnicas
As declarações entram em choque com as provas levantadas pela investigação. Imagens de câmeras de segurança confirmaram que Solange deixou a casa dela, em Várzea Grande, apenas por volta das 13h de 23 de julho, sendo vista em seguida circulando no campus da UFMT. Já o corpo dela foi localizado na manhã seguinte (24), em uma construção abandonada dentro da universidade, ao lado da Casa do Estudante Universitário (CEU).
O laudo oficial atestou que Solange foi estuprada e morta por asfixia devido à esganadura. O exame apontou a presença de sêmen nas cavidades vaginal e anal, sendo o DNA compatível com Reyvan.
O mesmo perfil genético já foi identificado em outras três vítimas de estupro, entre elas uma mulher grávida de seis meses e outra que também foi morta após o abuso.
Histórico e prisão
Reyvan possui um extenso histórico de crimes sexuais desde 2020, todos registrados em Cuiabá e tendo como vítimas mulheres em situação de vulnerabilidade.
Ele foi preso no último dia 29, nas dependências da própria UFMT, onde costumava circular com frequência. À época, o delegado Bruno Abreu definiu o espaço como um “reduto do crime” usado pelo suspeito.
“Prova de DNA é irrefutável e não se discute”, reforçou o delegado.