DA REDAÇÃO
De janeiro a outubro deste ano, 274 pessoas foram levadas para a Central de Flagrantes por dirigir sob efeito de álcool. Segundo o tenente-coronel Wilson Batista, do Batalhão de Trânsito, os condutores se negaram a fazer o teste do bafômetro.
No último sábado, Érica Divina da Gama, de 18 anos, foi presa por dirigir bêbada e sem habilitação. Ela foi pivô de uma grave colisão na Rodovia Emanuel Pinheiro, nas proximidades do Jardim Florianópolis, em Cuiabá. A condutora não tem CNH e estava sob efeito de ácool, conforme comprovaram os exames feitos posteriormente.
Na batida, que envolveu, além do carro de Érica, duas motos, duas pessoas morreram. Eram marido e mulher e deixaram um filho de apenas cinco anos.
O coronel Batista, no entanto, apesar do quadro de violência no trânsito, envolvendo consumo de bebidas, riu quando questionado pela reportagem se o efetivo do BPTRAN, de apenas 100 homens, é suficiente para cobrir toda área da Grande Cuiabá. “Nosso efetivo é suficiente, e as nossas estatísticas comprovam isso. Tivemos um aumento significativo de detenções e de notificações comparados ao ano passado”, afirmou o coronel. Apesar das afirmações, a violência no trânsito é cada vez maior e, este ano, cerca de 200 pessoas já perderam suas vidas nas ruas e avenidas da Capital.
Batista informou que o BPTRAN realiza blitz diárias, mas para não atrapalhar o trânsito, por causa das obras da Copa, elas se concentram nos bairros. O coronel disse que a equipe toma todas as providencias necessárias quando aborda suspeito de alcoolemia. “Temos um relatório de influência alcoólica e, quando visivelmente constatamos que a pessoa está embriagada, ela é levada até a delegacia. O condutor é autuado e perde a habilitação que é devolvida ao Detran”, explicou.
Entre os motociclistas, Batista informou que já foram 5.400 acidentes na Capital e o batalhão notificou 4 mil. Os acidentes com moto são responsáveis por cerca de 70% dos atendimentos no PS da Capital. “São os motociclistas que tumultuam o Pronto-Socorro de Cuiabá. Estamos em cima deles, para tentar diminuir o numero de irregulares”, disse.