RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
O Ministério Público de Mato Grosso abriu um inquérito para investigar a denúncia de que a empresa Maney Mineradora Casa de Pedra LTDA estaria realizando extração ilegal de ouro em Cuiabá. A empresa está envolvida em polêmicas sobre suposta fraude em um leilão, e por pertencer ao grupo empresarial do ex-prefeito de Mauro Mendes (PSB).
A portaria do MP foi assinada pelo promotor de Justiça Joelson de Campos Maciel, no dia (19) de janeiro.
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A extração ilegal de minério estaria acontecendo na Fazenda São Paulo, zona rural da Capital. No documento, o MP salienta que a empresa teria leiloado suas concessões de forma fraudulenta.
O Governo de Mato Grosso foi notificado para emitir informações sobre a área.
Complicações anteriores
O ex-prefeito Mauro Mendes e Valdinei Mauro de Souza são sócios na empresa Maney Mineração Casa de Pedra Ltda., que comprou a Minérios de Salomão em um leilão judicial, que visava pagar as dívidas trabalhistas da empresa. A Salomão foi arrematada pela filha de Valdinei, Jéssica de Souza, por valor abaixo do estipulado pelo juiz Luiz Aparecido Torres, que era de R$ 4 milhões. Torres foi afastado por ter comprado um imóvel com o dinheiro da sobra da venda da mineradora, no valor de R$ 185 mil.
Após ter o nome envolvido no caso da compra da Mineradora Salomão, e ter sido citado como réu na Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa, movido pelo Ministério Público Federal, o então prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, se disse injustiçado e indignado pelo envolvimento de seu nome já que não é parte do processo,
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT/MT) abriu um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar a postura do juiz Torres, na venda da empresa Minérios de Salomão LTDA. O juiz é acusado de ter mandado pagar honorários ao leiloeiro de forma irregular, e de ter cometido um equívoco quando mandou publicar o edital de venda.
O caso veio à tona após o juiz Brescovici assumir o Núcleo de Conciliação do TRT e começar a investigar os processos assinados por Torres. Assim que foram identificados alguns pontos com informações divergentes, Paulo Roberto Brescovici iniciou a investigação sobre a venda da Minérios de Salomão.
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