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28 de Agosto de 2018, 07h:43 - A | A

PODERES / FORNECIMENTO DE COMBUSTÍVEL

Campanha de Taques contrata empresa investigada por fraudes de R$ 13 milhões

A empresa Saga fazia a gestão do consumo de combustíveis do Governo na gestão Silval Barbosa e é investigada pela Operação Sodoma.

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



A campanha do governador Pedro Taques (PSDB) à reeleição contratou a empresa Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda por R$ 20 mil para o fornecimento de combustíveis. A empresa é investigada na quinta fase da Operação Sodoma, do Ministério Público Estadual (MPE), e é processada pela Controladoria Geral do Estado (CGE) por ter lesado os cofres estaduais em mais de R$ 13 milhões.

Três notas fiscais emitidas pela Saga foram encaminhadas pela campanha de Taques ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no dia 25 de agosto, sendo uma de R$ 5.040,00, outra de R$ 6.000,00 e uma terceira de R$ 8.960,00.

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O próprio Taques fez referência, em diversas entrevistas antes da campanha eleitoral, às investigações envolvendo a Saga e a Marmeleiro Auto Posto e membros da gestão do ex-governador Silval Barbosa. 

O governador afirma que os gastos de sua gestão com combustíveis foram reduzidos.

"Gato comeu combustível. Mas está sendo investigado pela Controladoria Geral do Estado e pelo Ministério Público Estadual. Não eram os policiais que gastavam combustível à toa, era quem comprava, ou seja, a administração do MDB”, disse Taques.

 

“Você tem o dobro [de veículos] gastando metade do que antigamente. Gato comeu combustível. Mas está sendo investigado pela Controladoria Geral do Estado e pelo Ministério Público Estadual. Não eram os policiais que gastavam combustível à toa, era quem comprava, ou seja, a administração do MDB”, disse Taques em entrevista à TV Brasil Oeste em 22 de julho.

Membros da gestão Silval teriam fraudado o fornecimento de combustível às patrulhas da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), antiga Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu).

O MPE denunciou Silval, o ex-chefe de gabinete Silvio Cesar Correa Araújo, os ex-secretários César Roberto Zílio, Pedro Elias Domingos de Mello e Francisco Faiad, os ex- adjuntos José de Jesus Nunes Cordeiro (Administração), Valdísio Juliano Viriato (Transporte e Pavimentação Urbana), os empresários Juliano César Volpato e Edézio Corrêa, e os servidores públicos Alaor Alvelos Zeferino de Paula e Diego Pereira Marconi.

De acordo com o órgão, a Saga e a Marmeleiro teriam pagado propina aos membros da organização criminosa para vencer os pregões presenciais n° 015/2012, 050/2013 e 100/2014 realizados pela Secretaria de Estado de Administração (SAD), que foram objetos de adesão pela Setpu. Entre 2011 e 2014, as duas empresas receberam cerca de R$ 300 milhões do Governo do Estado.

Um relatório de auditoria da CGE aponta que eram lançados consumos "fantasmas" no sistema gerenciado pela Saga. O controle era feito por meio dos cartões de consumo ou de forma manual, por meio de um número de telefone 0800. As fraudes teriam ocorrido no segundo método de inserção de créditos, com a utilização de usuários não identificáveis pelo sistema do Governo.

Segundo dados disponíveis no Fiplan (Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças), os últimos pagamentos à Saga foram feitos em 2015.

Outro lado

A coligação "Segue em Frente Mato Grosso" se posicionou informando que a empresa é a única em Mato Grosso que fornece cartão pré-pago para o fornecimento de combustíveis e que a contratação de uma empresa de outro Estado levaria cerca de 20 dias para ser efetivada, o que inviabilizaria a prestação de serviço dada a curta duração da campanha eleitoral deste ano.

Veja a nota:

Por meio de assessoria, a coligação “Segue em Frente Mato Grosso” informa que a aquisição de combustível fornecido pela empresa em questão atende os critérios legais. Informa ainda que a escolha da empresa ocorreu por ser a única de Mato Grosso que fornece serviço na modalidade cartão pré-pago. Por ser uma campanha curta, estimou-se que a contratação de empresa de outro Estado para prestação do mesmo serviço levaria cerca de 20 dias para efetivação.

Coligação Segue em Frente Mato Grosso

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