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Cuiabá, 10 de Agosto de 2025
10 de Agosto de 2025

10 de Agosto de 2025, 08h:00 - A | A

PODERES / LEI MAGNITSKY

Analista: EUA estão se lixando para perseguição a Bolsonaro, sanção a Moraes é porque ele interferiu e fez um auê com o X

Para analista político, medida tem mais a ver com interesses comerciais dos Estados Unidos do que com preocupação com perseguição a Bolsonaro.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



A decisão do governo dos Estados Unidos em aplicar sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é um recado ao Supremo Tribunal Federal e ao governo brasileiro. Quem diz isso é o analista político Onofre Ribeiro.

Em entrevista ao , Onofre disse que são muitos os fatores que levaram à aplicação desse dispositivo internacional contra o magistrado brasileiro e que foi criado para punir pessoas e regimes que violam os direitos humanos ao redor do mundo.

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“Os Estados Unidos estariam pouco se lixando para o Brasil, se o Alexandre de Moraes apenas estivesse perseguindo o Bolsonaro, perseguindo aquelas pessoas que prenderam lá na Papuda no dia 8, os parlamentares que o Alexandre de Moraes está perseguindo. Os Estados Unidos estariam se lixando para isso”, disse.

“O problema foi que o Alexandre de Moraes deu ordens lá nos Estados Unidos, foi ele quem feriu a soberania quando ele interferiu lá na Humble, na Starlink, no X. Ele fez um auê com o X. E também interferiu nas grandes plataformas de comunicação dos EUA, deu ordens lá”, destaca Onofre.

A liberdade de expressão, destaca o jornalista político, é um direito assegurado e muito prezado pelo povo dos EUA, de uma forma que os brasileiros não conseguem compreender. “Mexeu-se na ferida lá. Por isso o Alexandre de Moraes foi atacado no particular”, afirmou.

Para Onofre, o recado ao STF é de que punir um ou onze teria, para o governo Trump, o mesmo preço. Vale destacar, que o STF alterou o Marco Civil da Internet para responsabilizar as plataformas pelos conteúdos eventualmente ilegais postados pelos usuários, mesmo que não haja determinação judicial nesse sentido.

“Agora eles vão recuar, não vão dobrar a aposta, não. Todos estão assustados. Se você se lembrar, uma semana atrás os ministros do Supremo faziam piada com a Lei Maginitsky, com [a possibilidade de perder] o visto. Agora estão caladinhos. Eles não vão dobrar a aposta, vão recuar”, disse.

Na visão do analista, também houve um recado para o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), que propôs a substituição do dólar americano como moeda para transações internacionais. “Ele deu um recado ao Lula: ou o Brasil para de beijar na boca da China porque os EUA não vão permitir que a América Latina caia nos braços da China e da Rússia”, afirmou.

“O que aparece no nosso olhar imediato é essa perseguição ao Bolsonaro. Isso é o de menos. Esse discurso do governo, do Lula, de soberania, não tem nada a ver, não”, concluiu.

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