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Cuiabá, 25 de Setembro de 2025
25 de Setembro de 2025

25 de Setembro de 2025, 08h:55 - A | A

PODERES / ESTACIONAMENTO ROTATIVO

Abilio denuncia possível direcionamento de contrato entre Emanuel e CS Mobi

Prefeito levou uma caixa com documentos contra a empresa responsável pelo estacionamento rotativo.

APARECIDO CARMO
KARINE ARRUDA
DO REPÓRTER MT



O prefeito Abilio Brunini (PL) afirmou que há indícios de direcionamento de contrato à CS Mobi, que administra o serviço de estacionamento rotativo em Cuiabá. A empresa foi contratada, em 2022, durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (PSD), pelo valor de R$ 654 milhões. A concessão vale por 30 anos, podendo ser prorrogada. 

A declaração foi feita nesta quarta-feira (24), quando Abilio chegou à Câmara Municipal para participar de uma oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades no acordo. O prefeito levou uma caixa com vários documentos que mostrariam os indícios de irregularidades.

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"Na caixa estão o contrato, processo capa a capa, provas de algumas questões que nós vamos apontar aqui sobre um possível direcionamento de contratos favorecendo a pessoa que ganhou o contrato, numa licitação que só teve um concorrente, uma proposta que só teve uma apresentação e num processo que não estava legitimado pela lei no processo inicial”, afirmou.

Instaurada em 10 de fevereiro deste ano, a CPI investiga possíveis irregularidades no contrato firmado entre a Prefeitura e a CS Mobi. O objetivo é avaliar a legalidade das cláusulas, a vantajosidade do acordo e o repasse mensal de R$ 650 mil feito pelo município à empresa, garantido pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Ao fim do período de 30 anos, a empresa terá recebido R$ 800 milhões. Para o prefeito é mais vantajoso encerrar o contrato e arcar com a multa de R$ 140 milhões.

Abilio ainda criticou a ausência de representantes da empresa CS Mobi durante a oitiva. A ideia original era que houvesse um diálogo entre as duas partes, mediada pelos vereadores.

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“Era a hora de eles virem aqui falar o contraponto, ao vivo. Era a hora de, na frente de todo mundo, rebater os apontamentos”, disse Abilio.

“Não tem problema, não. Nós podemos nos encontrar no Poder Judiciário, vai ter vários lugares para a gente conversar”, acrescentou.

Por meio de nota, a empresa disse que não participaria da CPI devido às manifestações “desrespeitosas, inverídicas e combativas” do prefeito da Capital, Abilio Brunini (PL), quem a empresa acusou de promover “embate midiático”.

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