APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O deputado federal José Medeiros (PL) disse que a decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), agiu para evitar expor os senadores da esquerda ao decidir sequer levar para o plenário a discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição, que ficou conhecida como “PEC da Blindagem” ou “PEC das Prerrogativas”.
“O Davi [Alcolumbre, presidente do Senado] é mestre, é mais liso que muçum. Ele obviamente queria evitar a discussão disso aí no Senado e expor os senadores daqueles partidos que tinham feito acordo sobre o assunto”, disse ao .
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Conforme Medeiros, havia um acordo do qual esses parlamentares faziam parte para aprovação do texto. Contudo, após a repercussão negativa da aprovação da proposta na Câmara, os senadores da esquerda optaram por “jogar para a plateia”.
“Agora, o que houve ali foi uma bruta sacanagem porque havia acordo entre esses partidos. Na verdade, foram eles que propuseram e aí depois o PL votou aqui e acabou que os caras resolveram jogar para a plateia”, disse o deputado.
“Na verdade, os caras fizeram o seguinte raciocínio: a gente não precisa dessa PEC. Eles [partidos de esquerda] estão todos blindados”, acrescentou.
Medeiros admitiu que a versão final do projeto não ficou do jeito como havia sido combinado. A ideia era defender as prerrogativas dos parlamentares, como o direito à inviolabilidade das opiniões, palavras e votos.
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Contudo, o projeto previa que a Câmara e o Senado precisavam dar autorização para que os parlamentares pudessem ser investigados em processos criminais. Isso seria decidido em votação secreta, na qual o eleitor não tem como saber como votaram os representantes do seu estado.
Por fim, Medeiros descartou que uma nova versão do projeto, com alterações nos tópicos que mais causaram incômodo na população, tramite no Congresso Nacional.
“Eu não vejo que isso aí seja minimamente tratado. Hoje eles pautam, principalmente o Davi pauta o que o STF deixar e o Alexandre não vai deixar pautar nada perto disso. O objetivo é deixar todos que sejam contrários a esse consórcio inelegível, preso. O que der”, concluiu.