facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 10 de Fevereiro de 2025
10 de Fevereiro de 2025

01 de Julho de 2018, 07h:55 - A | A

OPINIÃO / ONOFRE RIBEIRO

Governabilidade e mediocridade

Ousaria dizer que o cenário mais próximo de nós a partir de 1º de janeiro de 2019 será o de caos



No último fim de semana ministrei o módulo de “O Brasil e a Política Externa” no curso de pós-graduação “Geopolítica, Inteligência e Política Externa” da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra - Adesg. Tomo a liberdade de colocar aqui algumas das conclusões a que chegamos depois de excelentes discussões e debates  muito qualificados entre o professor e os alunos.         

Começamos no cenário de mundo e encerramos no Brasil de agora e do futuro próximo. Estados Unidos, Rússia e China são os três grandes protagonistas políticos e econômicos do mundo moderno. Com seus arsenais militares, possuem problemas internos complexos dentro dos respectivos territórios.

De nada lhes adiantará os seus arsenais militares diante dos cenários ambientais, econômicos e do aumento populacional do mundo. Problemas políticos, ambientais, escassez de alimentos, de oxigênio e de recursos naturais serão seus maiores pontos frágeis.

Aqui entra o Brasil. O país não tem arsenais militares do mesmo porte e certamente não terá nunca. Mas tem um potencial fantástico que lhe dá a posse do maior ativo bélico, financeiro e econômico dos próximos anos: água, produção de alimentos, oxigênio, clima, recursos naturais florestais e minerais.  No futuro as armas se curvarão à sobrevivência.

Vamos ao Brasil. Como o país lidará com esse potencial, desgovernado como está. Pior. Como se mostrará pros próximos anos. Tomemos a eleição-tampão do Tocantins. No segundo turno 51,1% dos eleitores não compareceram ou anularam os votos e votaram em branco. Os eleitores brasileiros indicam isso pra eleição de 7 de outubro deste ano.       

Quem se eleger se elegerá com margem pouco superior a 30% dos votos brasileiros. Não terá governabilidade pra lidar com a indignação popular que espera um ambiente de reformas estruturais graves e profundas já conhecidas. O pior é que o Congresso Nacional deverá se renovar em menos de 30%.

Teremos uma péssima equação: um presidente eleito sem representatividade da maioria dos votos, uma população querendo reformas e governabilidade, e o terceiro pior elemento: um Congresso Nacional não renovado, retrógrado, corrupto e incapaz de dar respostas aos dois pontos anteriores.  

O Congresso Nacional tem a força constitucional de sufocar o próximo presidente e puxá-lo pra ambiente de mediocridade da política partidária e das práticas que estão aí escancaradas aos olhos de todos nós.        

Numa leitura pessimista, ousaria dizer que o cenário mais próximo de nós a partir de 1º. de janeiro de 2019 será o de caos. Independente do presidente que seja eleito. O problema desce em cascata pra os estados também! Esperar pra ver.

ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso

onofreribeiro@onofreribeiro.com.br    www.onofreribeiro.com.br

 

>>> Siga a gente no Twitter e fique bem informado

Comente esta notícia

Benedito costa 02/07/2018

Comentarista Onofre. Fale a politica matogrossense, deixe a politica internacional para o governo brasileiro e a politica nacional para o planalto. O senhor ta distante de lá e enos indicado pra falar sobre isso. Ninguem vai houvi-lo.

positivo
0
negativo
0

1 comentários