WILSON CARLOS FUÁ
Algumas vezes esquecemo-nos de dar valor às pequenas conquistas, esquecemo-nos de valorizar as coisas simples da vida, e isso, esta diretamente ligado ao planejar tendo como objetivo metas grandiosas, e insistente busca de um mundo fantasioso, e ao viver no mundo do modismo e do consumo transitório, deixamos de perceber que a felicidade pode estar junto de nós: pode estar no ato de ouvir uma boa música; de ler um bom livro, de assistir um filme que mexe com as nossas emoções; ou mesmo de respirar fundo com o carinho da mulher amada; de emocionar-se com o sucesso dos filhos, de fazer uma boa pescaria, de sentir o cheiro da mata, de deixar o final de semana passar bem devagarzinho com o recebimento de pessoas amigas que a muito tempo não vemos, e por falar nisso convide alguém para dividir com você a sua felicidade, talvez a sua vida está precisando desses momentos de felicidades participativas, a nossa felicidade fica mais completa quando satisfazemos aos outros também.
A rotina nos consome e não temos tempo para nada, não percebemos que Deus a cada amanhecer nos dar de presente todas as funções motoras para que possamos viver com toda plenitude corporal e mental, o resto só depende de nós, o importante é sair por ai, distribuindo sementes de amizades e colhendo a gentileza de um “ex-estranho”, sair por ai, distribuindo alegria e espalhando uma escancarada gargalhada calcinada com lágrimas de felicidades e principalmente distribuindo sementes de carinho as pessoas que amamos, com certeza colheremos energias amorosas, que darão mais força na batalha evolutiva da nossa existência.
Existem pessoas que desligam do presente, e ficam a lamentar o passado, adeptos dos choros sem lágrimas, alimentadores de perdas e vivendo de saudades, e existem também aqueles que ao invés de planejar o seu dia-a-dia ficam tentando fazer exercícios de futurologista, pensando que é possível ser feliz no futuro.
Na verdade temos todas as ferramentas necessárias para construir o nosso presente, tudo depende só de nós, mas muitas pessoas se esquecem de ativar sua força de vontade, e pesam que a “alto-estima” é um estado de felicidade exterior e por isso pensam modificar cada parte do corpo e esquecem da ação interior, como amar e ser amado. Muitos esquecem de viver na simplicidade e ao invés de adotar um amor, passa a ser um descartador de sentimentos; não utilizam o aprendizado do saber relacionar seguro de um ser adulto, e ficam a somar os números do descasar e o casar como se os erros fossem coisas das parceiras e não dele, passam a usar os óculos com a lente da magia, tentando apenas profetizar o futuro, esperando que a felicidade esteja sempre de plantão esperando por ele infinitamente ali na esquina da sua vida.
Mesmo sem querer, renascemos a cada amanhecer, e se ficarmos pensando nos estágios desagradáveis dos dias anteriores, deixamos de viver o presente, o agora. Mesmo que às vezes seja um único passinho, já é uma evolução, o importante é saber usar as experiências do passado como aprendizado para não repetir os mesmo erros e deixar de ser um marcador de passos, desperdiçando as oportunidades que a vida nos oferece.
Não podemos deixar que o nosso viver passe a ser uma módica rotina, pois sempre temos que procurar fazer algo de novo, ou simplesmente uma nova maneira de realizar a mesma coisa diferentemente.
Existem mil formas de conseguir despertar novas emoções, senão os nossos sentidos passam a ser apenas repetição das nossas rotinas diárias.
Quando vivemos no “piloto automático” deixamos de viver de verdade. Entender os sinais que a vida nos oferece é saber que todos os dias acontecem coisas que nunca mais irão se repetir.
O importante é descomplicar a vida, e saber que para sentir o sabor temos que dar a primeira mordida. Às vezes desperdiçamos uma abençoada oportunidade de ajudar alguém só porque essa ação pode quebrar a nossa rotina.
Ao pensar assim fatalmente a sua vida ficará fechada no seu próprio egoísmo e com ele o que resta é apenas uma vida vazia ou vida vadia, como queiram.
Hoje, se eu for pensar em felicidade plena, a primeira coisa que me vem à cabeça é receber um abraço das minhas filhas e curtir com intensidade o amor da minha mulher. O dinheiro acaba sendo apenas um dos combustíveis das nossas felicidades.
O amor está entre todas as experiências, aquela que é a confirmada como a mais doce e a que nos leva a aproximar mais rapidamente de Deus.
Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos
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