Mauro acusa uso da "máquina" de Silval em prisão de ex-goleiro

ANDRÉA HADDAD/ANA ADÉLIA JÁCOMO

A Coligação “Um Novo Caminho para Cuiabá”, encabeçada pelo candidato a prefeito da Capital, Mauro Mendes (PSB), alegou em coletiva nesta sexta (26) que o ex-goleiro do Mixto Esporte Clube Paulo César, o Gatão, foi detido irregularmente pela Polícia Militar na noite desta quinta (25).
 

Secretário-geral do PR, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) disse que a chapa do socialista vai denunciar a coligação “Cuiabá, Mato Grosso, Brasil”, de Lúdio Cabral (PT), por abuso de poder econômico, autoridade, poder político e uso da máquina pública. Segundo ele, o secretário chefe da Casa Militar, coronel Ildomar Nunes Macedo, foi o responsável por determinar a ordem de prisão de forma ilegal.

“Foi o coronel Macedo quem levou o pessoal para o Cisc Planalto, sendo que se houve mesmo compra de votos o certo seria encaminhá-los à Polícia Federal. Vamos acionar o coronel Macedo nas esferas criminal, eleitoral e na corporação", disparou Mendes. 

Segundo Taques, Macedo expõe a PM ao ridículo e usa a máquina pública na campanha do Lúdio. "Parabenizo o delegado que não foi um fantoche do Macedo no circo armado contra a coligação”.

Taques também comentou a atuação do ex-secretário extraordinário da Copa do Mundo de 2014 (Secopa), Eder Moraes, nos bastidores. Para o senador, o ex-gestor é o responsável pelas denúncias que chegaram às redações dos veículos de comunicação da Capital. O pedetista afirmou que a prática de vigiar e perseguir as pessoas, com Eder tem feito, conforne o pedetista, lembra as atitudes do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

“O Eder saiu avisando as redações e fez uma denúncia mentirosa. Esse jeito dele de monitorar as pessoas me lembra o Arcanjo em 2002”, alfinetou o pedetista.

Arcanjo era chefe do crime organizado no Estado, tido como perseguidor e mandante de assassinatos. Foi preso após denúncia de Taques, na operação Arca de Noé e está até hoje na cadeia.

Pinheiro afirmou que a coligação vai reunir-se com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Rui Ramos, para denunciar a ação, classificada de "armação". Segundo ele, no momento em que o ex-atleta chegou ao Cisc Planalto já havia uma equipe de marketing do candidato petista na porta. Até mesmo o coordenador de imprensa da campanha de Lúdio, jornalista Osmar Carvalho, estaria na delegacia. Após o delegado interrogar Gatão, porém, acabou optando por liberá-lo sob o argumento de falta de provas.