ANA ADÉLIA JÁCOMO
Após a corrida pela Prefeitura de Cuiabá, a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores é um dos eventos políticos mais importantes da Capital. Com novos grupos se formando, o comando do orçamento de mais de R$ 34,5 milhões por ano e a conquista do controle das pautas de votação dos projetos de lei da cidade, tornam a disputa acirrada e tensa.
O único vereador que já lançou sua candidatura é Adevair Cabral (PDT). Ele afirmou que conta com o apoio do prefeito eleito Mauro Mendes (PSB) para alcançar o espaço de presidente da Câmara. Contudo, o atual presidente Júlio Pinheiro (PTB) não deve ceder o posto com facilidade.
Outro nome que vem sendo cotado nos bastidores é de João Emanuel (PSD), eleito com maior número de votos neste pleito. Ele é genro e afilhado político do deputado José Riva (PSD), presidente da Assembleia Legislativa, apontado como um dos maiores especialistas em costura de acordos para formar direção de parlamentos.
Outro nome cogitado é o Clóvis Hugueney (PTB), o Clovito, que vai para o terceiro mandato e já foi primeiro secretário (2009-2010).
Vale lembrar que apenas sete parlamentares dos atuais 19, incluindo o próprio Júlio, Clovito e Adevair, se reelegeram.
O PSD, que tinha um projeto próprio com Carlos Brito, candidato a prefeito, foi derrotado no 1º turno e apoiou Lúdio Cabral (PT), no 2º turno. João Emanuel fez oposição ao prefeito eleito e agora deve ter dificuldades em viabilizar sua eleição como presidente da Casa. Da mesma forma, Clovito não acatou a determinação da maioria do seu partido e engrossou a fileira dos simpatizantes do petista.
Contudo, Júlio Pinheiro, que é do mesmo partido de Clovito, não mediu esforços para ajudar a eleger Mauro Mendes e, por isso, há possibilidade que concentre a maioria dos apoios. Além da experiência como presidente, deve ter, pelo apoio dado, a preferência do prefeito eleito.