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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

28 de Novembro de 2018, 20h:41 - A | A

POLÍCIA / FALSO NUTRICIONISTA

Polícia autua estudante que enganava seguidores no Instagram

Universitário tinha 26 mil seguidores e usava o próprio emagrecimento para atrair clientes.

DA REDAÇÃO



Um universitário de Cuiabá, identificado como D.M.F.C., que tem mais de 26 mil seguidores nas redes sociais, será autuado pela polícia por exercício irregular da profissão de nutricionista e por propaganda enganosa.

As investigações da Delegacia Especializada do Consumidor (Decon), após denúncias do Conselho Regional de Nutrição, apontam que o universitário postava em seus perfis publicações informando sobre prescrição de dietas, por meio de consultoria online, além de palestras de nutrição.

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“Em análise há indícios concretos de exercício ilegal da profissão. Ele anuncia abertamente nas redes sociais que é nutricionista, ofertando a prescrição de dietas, acompanhamento e orientação nutricional, o que configura infração penal e representa risco à saúde da coletividade”, diz a denúncia.

Ele também postava fotos de pacientes em “evolução” após seguirem seus aconselhamentos. Em depoimento na delegacia, o estudante do 6º semestre de Nutrição, de uma faculdade particular de Cuiabá, afirmou que sua experiência pessoal de vida como ex-obeso o auxilia na prescrição de dietas e na motivação de seus seguidores.

O falso nutricionista também contou que possui curso com duração de 60 horas para atuar como coach no segmento fitness, e que colocou em seu perfil por determinado período o termo “graduado” - em vez de “graduando” - em razão de um erro de digitação que foi corrigido. Ele disse ainda que esclarecia os seguidores com quem conversava que era estudante de nutrição.

Após tomar conhecimento das publicações, o Conselho Regional de Nutrição encaminhou à Delegacia do Consumidor notícia-crime pedindo providências e explicando os motivos pelos quais o estudante não estaria habilitado para exercer a atividade que oferece nas redes sociais.

“Em análise há indícios concretos de exercício ilegal da profissão. Ele anuncia abertamente nas redes sociais que é nutricionista, ofertando a prescrição de dietas, acompanhamento e orientação nutricional, o que configura infração penal e representa risco à saúde da coletividade”, diz trecho do documento. 

A lei federal 8.234/1991, que regula o exercício da profissão de nutricionista no Brasil, esclarece que as atividades de assistência e educação nutricional são exclusivas do nutricionista com curso superior reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e inscrição no Conselho Regional de Nutrição.

O objetivo das exigências é a proteção da sociedade de ser atendida por profissionais não-habilitados. O estudante vai responder pelos crimes de exercício ilegal da profissão (art. 47 da Lei das Contravenções Penais) e propaganda enganosa (art. 67 da Lei n. 8.078/90).

O caso segue em apuração pela Delegacia do Consumidor.

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