MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
Em depoimento à Polícia Civil, o pastor da Igreja Evangélica Poder de Deus, Justino Ireno da Costa, 53 anos, negou ter estuprado sete meninos, conforme denúncias e declarações das vítimas à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso..
Ele foi preso na terça-feira (28), acusado de ter estuprado 10 meninos, com idades entre 6 e 14 anos, em sua residência no bairro Mangabeira, em Várzea Grande.
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Ao 
, o delegado Claudio Álvares Santana informou que leu para o pastor os sete relatos dos meninos que afirmaram ter sido estuprados pelo acusado. Outros três casos são investigados.
“Ele negou todos os estupros. Mas a maioria das pessoas que são acusadas por isso nega mesmo”, disse Santana.
“Na denúncia que recebemos havia 10 acusações de estupro. Dessas conseguimos confirmar sete relatos. Acreditamos que novos casos envolvendo o pastor irão aparecer, até porque os abusos já confirmados eram presenciados por outros menores”, disse o delegado.
O delegado destacou que após os abusos Justino costumava dar dinheiro para os meninos, em quantias que variavam de R$ 20 a R$ 50. Santana detalhou que o pastor costumava fazer sexo oral nas crianças.
Conforme o delegado, a única situação confirmada por Justino era que ele dava dinheiro para as crianças. Questionado pelo motivo, o pastor se limitou a dizer que se tratava de um “ato de bondade”, que o único defeito dele “é ser bom demais para as pessoas”.
Santana também perguntou para o pastor por que ele achava que estava sendo acusado de estupro por sete menores.
“Ele ficou quieto por instante e se limitou a responder que não sabia o motivo”, relatou o delegado.
O delegado acrescentou ainda que o depoimento mais contundente é de um adolescente de 14 anos, que pelo menos uma vez por semana matinha relações sexuais com o pastor na casa dele.
“Ele contou com riquezas detalhes os valores que recebia e o tipo de abuso que sofria do pastor”.
Santana salientou que as investigações continuam no sentido de descobrir mais abusos sexuais.
“Na denúncia que recebemos havia 10 acusações de estupro. Dessas conseguimos confirmar sete relatos. Acreditamos que novos casos envolvendo o pastor irão aparecer, até porque os abusos já confirmados eram presenciados por outros menores”.
O pastor foi denunciado pelas mães dos meninos. Elas começaram a notar mudança de comportamento nos filhos, quando muitos ficaram mais calados. Uma das vítimas revelou à mãe que ele e vários colegas foram estuprados pelo pastor.
Conforme o delegado, Justino se valia da condição de pastor evangélico para conquistar a confiança dos pais e das crianças e em seguida praticava atos sexuais com os menores na casa dele.
Santana destacou que o inquérito policial sobre a investigação será concluído em 30 dias. O pastor continua preso.
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