facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 07 de Outubro de 2024
07 de Outubro de 2024

09 de Julho de 2014, 11h:31 - A | A

POLÍCIA / MORTE NO PANTANAL

Marchetti é enterrado e polícia procura arma usada por caseiro para matar ex-secretário

Arma foi jogada na água pelo caseiro Anastácio Marafron, para assassinar o ex-secretário de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, dentro do apartamento de uma fazenda, na região de Mimoso, na noite de segunda-feira (7).

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



O corpo de Vilceu Marchetti foi enterrado no final da manhã desta quarta-feira (9), em Primavera do Leste. O velório foi realizado durante todo o dia de ontem (8) na cidade onde Marchetti foi vereador e prefeito.

AS INVESTIGAÇÕES

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

O delegado Silas Tadeu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou ao RepórterMT, nesta quarta-feira (9), que está à procura de um profissional em mergulho, que tenha equipamento que detecte metal submerso, a fim de encontrar o revólver calibre 38, usado pelo caseiro Anastácio Marafron, para assassinar o ex-secretário de Infraestrutura, Vilceu Marchetti.

A vítima foi morta dentro do apartamento de uma fazenda, localizada na região de Mimoso, próximo ao município de Barão de Melgaço (130 km de Cuiabá), na noite da última segunda-feira (7).

O acusado foi preso horas depois de cometer o crime e confessou em depoimento à Polícia Civil que jogou a arma no rio, momentos depois do homicídio. Ainda segundo ele, o motivo do assassinato seria porque a vítima teria assediado sua esposa, de 36 anos, ‘apalpando’ as nádegas dela.

De acordo com Silas, desde o dia do crime, mergulhadores do Corpo de Bombeiros vêm realizando buscas no rio, porém como o local é muito fundo, não foi possível achar o revólver. 

“Os bombeiros nos disseram que como o local é uma região de poço, as buscas tiveram que ser interrompidas, porque o Corpo de Bombeiros não tem esse aparelho que detecta metal dentro da água. Porém, estamos procurando esse mergulhador que mora na capital, que tem o aparelho específico, para retornar aos trabalhos”, explicou.

O delegado ainda explicou que caso o revólver não seja encontrado, o fato não implicará em nada no processo criminal contra Anastácio. “O caseiro é réu confesso e todas as evidências apontam que a autoria do assassinato foi cometida por ele. Mas a gente precisa da arma para reforçar a acusação, além de fazer o confronto balístico. Saber que essa arma foi à própria usada no crime”, falou.

Sobre o laudo de necropsia do corpo de Vilceu, que deve apontar quantos tiros o atingiram, a assessoria de imprensa da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) informou ao RepórterMT, que a conclusão só deve ocorrer daqui 10 dias.

Já sobre o processo criminal onde Anastácio foi autuado em flagrante por homicídio, as oitivas ainda devem continuar até o fim da próxima semana. Após o término das investigações, o delegado Walfrido Nascimento da DHPP deve concluir o inquérito e encaminhar a denúncia para o Ministério Público.

O CRIME

Na manhã dessa terça-feira (8), os delegados Anaíde Barros, Walfrido Nascimento e Silas Tadeu, deram uma coletiva para informar detalhes de como ocorreu o crime. Segundo eles, o estopim para o caseiro cometer o crime, foi quando flagrou Marchetti assediando a esposa durante um jantar na fazenda.

Com isso, Anastácio chamou a mulher para conversar em outra sala. Durante a conversa ele indagou a mulher se ela estava sendo mesmo assediada. A principio, ela disse que não, porém ao ver o marido muito exaltado, ele (Anastácio) deu um ‘tapa’ na mesa muito exaltado, quando ela confessou”, explicou Silas.

Os delegados explicaram que com a confissão da mulher, o caseiro ficou muito exaltado e foi em direção à vítima, que seguiu para o apartamento. “Ele (suspeito) ainda nos disse que o Marchetti viu a arma, mas mesmo assim foi em direção ao quarto, deitou na cama e deixou a porta entreaberta”, destacaram. 

Ao entrar no quarto o caseiro se deparou com a vítima deitada, que pegou para que ele não pegasse a arma. Mesmo assim Anastácio disse que ele estava ‘mexendo com sua mulher’ e atirou e depois saiu do quarto.

A PRISÃO

Após o crime, o assassino foi até a beira do rio e jogou a arma na água. Ao se desfazer da prova que o incrimina voltou para o local e agiu normalmente, esperando até a chegada da Polícia Militar, que foi acionada pelos funcionários e neto da vítima.

Sem confessar o crime aos policiais, o caseiro foi preso como suspeito do assassinato e passou a acompanhar os trabalhos dos militares. Em uma conversa com os PM’s, a esposa confessou ter sido assediada pela vítima. “Diante da confissão, os militares suspeitaram do caseiro e o detiveram”, afirmou Silas.

Ao ouvir que o filho de Marchetti estava se dirigindo à propriedade, o suspeito pediu que a mulher fosse levada do local, com medo de uma possível agressão. Com isso, os militares a liberaram, no entanto, quando ela estava saindo da fazenda foi impedida pelos delegados da DHPP. “A delegada Anaíde a interrogou e ela explicou tudo. Diante do depoimento da esposa, o marido definitivamente confessou o crime”, explicou.

 

 

 

 

 

Comente esta notícia