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Cuiabá, 10 de Maio de 2024
10 de Maio de 2024

12 de Março de 2024, 17h:50 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO GRAVATAS

Líderes do CV davam ordens para advogados de dentro de prisões em MT

Um dos alvos foi achado com aparelho celular dentro da cela em Várzea Grande.

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



Os criminosos Tiago Teles, Robson Junior Jardim dos Santos, vulgo Sicredi, e Paulo Henrique Campos Aguiar, foram presos nesta terça-feira (12), durante a Operação Gravatas, deflagrada pela Polícia Civil em Mato Grosso. Eles são apontados como líderes da facção Comando Vermelho e seriam responsáveis por ordenar as ações dos advogados, também detidos na operação, de dentro das penitenciárias do estado.

Os juristas presos na operação são: Hingritty Borges Mingotti, Tallis de Lara Evangelista, Roberto Luís de Oliveira e Jéssica Daiane Maróstica. Dois deles foram capturados em Cuiabá e dos demais em Sinop. Na residência de Hingritty, os investigadores encontraram mais de R$ 100 mil em espécie. O dinheiro seria oriundo de atividades ligadas ao tráfico de drogas, praticadas pela facção.

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De acordo com a polícia, o mandado de prisão expedido contra Tiago foi cumprido na Penitenciária Central do Estado, onde ele já  estava preso.

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A ordem de prisão conta Sicredi foi cumprida no Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande. Com o criminoso, os investigadores encontraram um aparelho celular.

Já Paulo Henrique estava preso na penitenciária de Sinop Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, mais conhecida como "Ferrugem".

Ao RepórterMT, o delegado responsável pela investigação, Guilherme Pompeo, contou que a liderança da organização criminosa recebia informações "em tempo real" sobre as prisões dos membros da facção e ainda afirmou que, de dentro das prisões, eles ordenavam as ações a serem tomadas para os advogados presos na operação.

"O braço jurídico atuou além da relação advogado/cliente, tentaram embaraçar diversas operações e auxiliaram na prática de crimes e atuaram como elo de comunicação entre os líderes e os faccionados eventualmente presos pela polícia", disse. 

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"O policial militar envolvido acessava de forma ilegal o sistema de boletins de ocorrência e enviava os documentos aos advogados que, replicavam às lideranças que estavam presas. Ou seja, os líderes tinham informações em tempo real de todos os facionados que tinham sido presos no médio norte. A informação, auxiliava eles a tomar decisões sobre o ocorrido", emendou.

Ao todo, a Operação Gravatas cumpriu oito mandados de prisão em Mato Grosso. O caso segue em investigação.

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