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Cuiabá, 31 de Outubro de 2025
31 de Outubro de 2025

31 de Outubro de 2025, 08h:41 - A | A

POLÍCIA / TENTÁCULOS DO CRIME

CV já está em 25 estados e no DF: o crime que se espalhou pelo país

O CV atua hoje em rotas estratégicas do tráfico de drogas e armas, controla cadeias inteiras e assumiu vínculos operacionais.

Mirelle Pinheiro
METRÓPOLES



A megaoperação que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha, nesta semana, mostrou a força bélica do Comando Vermelho (CV) em seu território de origem. Mas o enfrentamento no Rio está longe de dimensionar o tamanho real da organização.

Nas últimas décadas, o CV deixou de ser uma facção essencialmente fluminense e se tornou uma rede criminosa com presença consolidada em 25 estados e no Distrito Federal, segundo levantamentos recentes de inteligência e de órgãos de segurança pública.

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A facção atua hoje em rotas estratégicas do tráfico de drogas e armas, controla cadeias inteiras e assumiu vínculos operacionais com grupos regionais, em um processo de expansão que transformou o crime organizado brasileiro.

Uma expansão com método

Nascido em presídios cariocas na década de 1970, o Comando Vermelho se fortaleceu dentro do sistema penitenciário e fez das cadeias seu principal vetor de recrutamento e articulação interestadual.

Especialistas apontam três eixos centrais para a expansão territorial do CV:

Rotas internacionais da droga: domínio de pontos-chave nas regiões Norte e Centro-Oeste, por onde passa a cocaína que entra no país pela fronteira com Paraguai, Bolívia e Peru, com destaque para Pará e Mato Grosso.

Disputas e alianças locais: em alguns estados, o CV se uniu a facções nativas. Em outros, travou guerras violentas contra rivais, especialmente contra o PCC, seu maior antagonista nacional.

Refúgio estratégico no Rio: o Complexo da Penha, na Zona Norte, virou ponto de destino para criminosos de fora, como integrantes do CV no Pará (CVPA), que migram para a capital fluminense após cometerem crimes graves, entre eles assassinatos de policiais.

Essa mistura resultou em um poder de guerra que se retroalimenta. “O Rio protege e dá visibilidade aos criminosos que chegam, e eles fortalecem a estrutura armada do Rio”, descreve uma fonte da inteligência fluminense. Leia mais em Metrópoles.

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