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Cuiabá, 17 de Novembro de 2025
17 de Novembro de 2025

17 de Novembro de 2025, 16h:50 - A | A

POLÍCIA / INSANIDADE MENTAL

Filha de empresária morta pelo marido contesta laudo que livrou assassino da prisão: “Maldade não é doença”

A biomédica Caroline Fernandes contestou o laudo da Politec que atesta que o engenheiro agrônomo Daniel Bennemann Frasson sofre de depressão e, por isso, não pode ficar na prisão.

KARINE ARRUDA
DO REPÓRTERMT



A biomédica Caroline Fernandes, filha de Gleici Keli Geraldo de Souza, de 42 anos, usou as redes sociais, nesse domingo (16), para contestar o laudo psiquiátrico emitido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O documento atesta que o engenheiro agrônomo Daniel Bennemann Frasson sofre de depressão e, por isso, não pode ficar na prisão, mesmo tendo assassinado a própria esposa a facadas em junho deste ano, no município de Lucas do Rio Verde (a 333 km de Cuiabá), em Mato Grosso.

Na publicação feita em seu perfil pessoal no Instagram, Caroline fez uma série de perguntas contestando o laudo da Politec e a decisão da Justiça, que considerou procedente o incidente de insanidade mental. O documento concluiu que o assassino apresentava quadro depressivo capaz de comprometer sua capacidade de entender a gravidade do que fazia, sendo necessário encaminhá-lo a um hospital psiquiátrico.

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“Meus questionamentos a esse laudo são: como alguém que se formou, que trabalhava, que já teve carteira assinada, que tem um CNPJ (ou tinha até então), que já tirou passaporte, que dirigia, que fazia todas as atividade rotineiras possíveis, pode ser dito como ‘mentalmente insano’? [...] Às vezes, parece uma piada de muito mau gosto”, afirmou a biomédica.

“Engraçado que quando ia fazer churrasco, beber, fazer festa, ou discutir com a minha mãe por qualquer coisinha, estava em plenas faculdades mentais [...] Maldade, crueldade, egoísmo, inveja não são doenças. São escolhas”, acrescentou em trecho da publicação.

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Gleici Keli foi assassinada com 16 facadas. Além dela, a filha de apenas sete anos do casal também foi esfaqueada pelo pai. Segundo a filha mais velha da vítima, a criança sobreviveu após ficar 22 dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas agora toma remédios controlados, convive com sequelas físicas e psicológicas e precisou reaprender funções básicas, como andar e comer.

“Minha irmã tem medo de dormir sozinha, tem medo de dormir primeiro que eu, tem medo de acordar depois de mim, me pede para guardar os talheres antes de dormir. Precisa de acompanhamento psicológico, psiquiátrico, cardiológico, neurológico. Toma medicação controlada”, citou Caroline.

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A biomédica pontuou que ainda acredita na Justiça e que o mínimo que a mãe dela merece é que o assassino pague pelo crime que cometeu. Mas, ressaltou que o laudo não condiz com as atitudes do padrasto, que sempre se mostrou são para inúmeras outras atividades, tanto no convívio da família quanto no dia do crime.

“Como alguém ‘incapaz de compreender o que estava fazendo no momento dos fatos’, abraça a própria filha pedindo desculpas por ter assassinado a mãe dela, enquanto ela dormia ao lado, e a apunhala com quatro facadas nas costas, deita ela e desfere mais quatro no peito? Como alguém em surto manda mensagem para o irmão contando o que fez? Conversa no telefone?”, questionou.

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“Silêncio em depoimento não é surto, é autodefesa [...] Não banalizo saúde mental de forma alguma, mas usá-la como saída (porque sabe que talvez seja a única) para justificar um crime tão cruel é, no mínimo, um insulto”, finalizou.

Crime
Gleici Keli foi assassinada com 16 facadas pelo marido, Daniel Frasson. Segundo a polícia, ela foi encontrada sem vida na cama do casal. Na casa onde o crime ocorreu, os policiais encontraram vestígios de sangue pelo corredor e diversos cômodos revirados, indicando que a vítima lutou contra o agressor.

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