DO REPÓRTERMT
O número de endividados em Mato Grosso chegou a 1,144 milhão em agosto, o equivalente a quase 44% da população, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito do Brasil (SPC Brasil). Diante desse cenário, o contador, educador financeiro e presidente estadual da Associação Brasileira dos Profissionais da Educação Financeira (ABEFIN), Sergio Sarro, destacou em entrevista ao RepórterMT que ensinar educação financeira desde cedo é essencial para evitar o avanço da inadimplência.
Sergio explica que brincadeiras simples podem ser um bom começo. Um dos exemplos é a coleção de cartas Pokémon, usada como exercício para que a criança desenvolva percepção de valor e aprenda a negociar.
"As crianças vão ter ali, de forma lúdica, vários exercícios. O primeiro é dele entender que por mais valioso que ele tenha duas, com essas duas, ele pode trocar por três, por quatro, cinco, para ele ter volume, para ele ter mais potência de volume. Ele pode estar com o pai, que é um momento superagradável, que é o pai ter um momento com o filho para passar a experiência de desapegar, de poupar, ou a experiência de negociar, principalmente", citou.
Na entrevista, Sergio também pontua que o comportamento financeiro do indivíduo influencia diretamente nas dívidas, citando o pix parcelado e os créditos consignados como exemplos de armadilhas que comprometem a renda.
"Muitas pessoas que pegaram o crédito consignado privado acharam que aquilo iria sair do saldo do FGTS, não, sai do salário todo mês, caso não tenha mais salário, vai buscar o FGTS", acrescentou.
Como orientação prática, o especialista sugere criar uma lista com a origem dos valores recebidos e o destino de cada um, preenchendo a primeira linha com o valor destinado ao sonho.
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