GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
Estudantes do curso de Música da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) acusam um professor da instituição de assédio, importunação e condutas invasivas dentro e fora da universidade. Uma das vítimas relata que os episódios acontecem há pelo menos dois anos, desde outubro de 2023, e afirma que a situação chegou ao extremo no dia 24 deste mês, quando ele apareceu sem aviso em sua casa, entrou no quarto dela e só deixou o local após um familiar ameaçar chamar a polícia.
Segundo o boletim de ocorrência que o
teve acesso, tudo começou quando o professor foi até o auditório em que a vítima costumava estudar sozinha e se declarou, dizendo que deixaria a esposa porque “gostava muito” dela. A vítima afirma que sua relação com ele sempre foi estritamente acadêmica e que o máximo de convívio fora das aulas ocorreu em confraternizações da turma.
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Após rejeitar a investida, a jovem afirma que começou a sofrer perseguição e comportamentos possessivos. Ainda consta no boletim de ocorrência, que o professor passou a questioná-la sobre curtidas em redes sociais, fazer cobranças sobre sua vida pessoal e até exigir que ela entregasse o celular em sala de aula para verificar se estava se envolvendo com alguém. Ela se recusou, e o docente teria tido um surto, pegando o aparelho e o arremessando sobre um piano, danificando-o.
A situação escalou na última segunda-feira (24), quando o professor foi à casa da estudante, local que conhecia porque tanto ele quanto a esposa dele já encomendaram roupas com a mãe da vítima. Ele insistiu em conversar com ela e com a irmã, também universitária, e invadiu o quarto das jovens sem autorização, afirmando que era apaixonado pela aluna e que seu casamento seria “de fachada”.
A estudante relatou, ainda, que a esposa do professor tinha conhecimento das atitudes dele e passou a difamá-la dentro da universidade, dizendo que a jovem “queria seu lugar” e que “a queria morta”. A vítima explica que só formalizou a denúncia agora porque não queria prejudicar um projeto de extensão orientado pelo professor.
Mais denúncias
Após o caso vir à tona, outras alunas também procuraram a UFMT e a Polícia Civil para registrar denúncias contra o mesmo docente, relatando assédio e comportamentos inadequados durante as aulas.
Outro lado
O RepórterMT procurou o professor, que afirmou que não tem nada a declarar e se manifestará "nas vias ordinárias".
A universidade também foi contatada, mas ainda não apresentou posicionamento oficial sobre as denúncias. A mulher do docente também foi procurada, mas não atendeu às mensagens.
O espaço segue aberto para manifestações.

























