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Cuiabá, 02 de Outubro de 2025
02 de Outubro de 2025

02 de Outubro de 2025, 14h:14 - A | A

POLÍCIA / TRÁFICO E LAVAGEM

"Dono da Quebrada" e 14 comparsas viram réus por esquema ligado à facção

Sebastião Lauze Queiroz de Amorim vai responder por organização criminosa, contravenção penal por jogos de azar e associação para o tráfico de drogas

VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT



O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, aceitou, nessa quarta-feira (1º), a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e tornou réu Sebastião Lauze Queiroz de Amorim, vulgo “Véio”, “Dandão”, “Vovô” ou “Dono da Quebrada”, e outras 14 pessoas. Sebastião vai responder por organização criminosa, contravenção penal por jogos de azar e associação para o tráfico de drogas.

O bando foi alvo da Operação Ludus Sordidus, deflagrada pela Polícia Civil, em agosto, para investigar uma facção suspeita de envolvimento em jogos de azar, tráfico de drogas, estelionato e lavagem de dinheiro.

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De acordo com a decisão do juiz, os demais réus são: Ozia Rodrigues, vulgo “Shelby”; Dainey Aparecido da Costa, o “Playboy”, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) desde fevereiro deste ano; Renan Curvo da Costa e Paulo Augusto e Silva Dias. Estes vão responder por organização criminosa e jogos de azar.

Também se tornaram réus Eduardo Henrique Nascimento dos Santos, Jheine Rodrigues Pinheiro, Elizângela Ferreira da Silva Visdomino, Ronaldo Queiroz de Amorim Júnior, Ronaldo Queiroz de Amorim, Lorrainy Waleska Amorim dos Santos, Pamela Cristina Tamarossi Bastos, Rafael Aparecido Queiroz Amorim Veiga e William Angelo de Freitas. Todos estes vão responder por lavagem de dinheiro.

Weberton Pedro da Silva vai responder por organização criminosa e associação para o tráfico de drogas.

Agora, os réus deverão ser intimados para, no prazo de 10 dias, apresentarem resposta à acusação.

Sebastião Lauze é dono de um time de futebol amador em Cuiabá e, de acordo com a Polícia Civil, utilizava a função social como fachada para movimentar esquemas de jogos de azar, estelionatos, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro vinculados a uma facção. Ele havia sido preso em agosto, mas teve a prisão convertida em domiciliar mediante uso de tornozeleira eletrônica, por problemas de saúde. No dia 8 de setembro ele foi preso novamente por descumprir as medidas cautelares.

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Ainda de acordo com as investigações da Polícia Civil, o grupo criminoso detinha influência de determinadas regiões da cidade, chamadas de “quebradas”, onde impunham regras e garantia participação nos lucros das atividades ilícitas.

Apenas com uma plataforma de jogos clandestina, o bando recebia 10% de todo o faturamento, além de repasses de tráfico de drogas e golpes aplicados pela internet.

As apurações começaram em dezembro de 2023, quando uma reunião comunitária no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, foi interrompida por faccionados. Na ocasião, moradores foram ameaçados em uma demonstração de força, motivada por interesse político ligado a um dos investigados.

No dia 21 de agosto deste ano, a Polícia Civil cumpriu 38 ordens judiciais, incluindo 10 prisões preventivas, 8 mandados de busca e apreensão, sequestro de imóveis e bloqueio de contas que somam mais de R$ 13,3 milhões. As ações ocorreram em Cuiabá, Várzea Grande e em Nova Odessa (SP).

Durante o cumprimento dos mandados, um irmão de Sebastião, João Bosco Queiroz de Amorim, de 47 anos, reagiu à abordagem policial no bairro Osmar Cabral e acabou baleado. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), mas chegou sem vida.

João Bosco era alvo de um mandado de prisão preventiva por participação no esquema criminoso.

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