KARINE ARRUDA
DO REPÓRTERMT
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estacionamento Rotativo, formada pelos vereadores Rafael Ranalli (PL), Dilemário Alencar (União Brasil) e Maysa Leão (Republicanos), sugeriu que a Câmara municipal abra uma nova investigação, mas desta vez sobre a licitação que deu origem à Parceria Público Privada (PPP) firmada entre a Prefeitura de Cuiabá, na época do prefeito Emanuel Pinheiro (PSD), e a empresa CS Mobi, responsável pelo rotativo na Capital. A sugestão de nova CPI consta no relatório final apresentado pelos vereadores, nessa sexta-feira (10), no Parlamento cuiabano.
Na justificativa para criação de uma nova Comissão, os vereadores pontuaram que, diferente dessa última CPI que tinha o objetivo de investigar o contrato entre a prefeitura e a empresa, a nova CPI deve se aprofundar, única e exclusivamente, em constatar a regularidade e legalidade do processo licitatório, que ocorreu antes da contratação da CS Mobi.
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O que levou os vereadores a sugerir uma nova CPI foi a oitiva realizada com o prefeito Abilio Brunini (PL) no dia 24 de setembro. Na ocasião, o gestor apresentou um “dossiê” que, segundo ele, comprova que a CS Mobi teria sido beneficiada por um possível esquema de direcionamento de contrato.
“Diante da gravidade das denúncias apresentadas pelo atual Prefeito de Cuiabá, em oitiva realizada no dia 24/09/2025, de possível direcionamento do certame licitatório em questão, recomenda-se a este Parlamento a abertura de nova Comissão Parlamentar de Inquérito, com objeto específico e previamente delimitado, a fim de apurar, com a profundidade necessária, a regularidade e a legalidade do procedimento licitatório noticiado”, diz trecho do documento apresentado nesta sexta.
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Além de sugerirem a criação de uma nova CPI, os vereadores também pediram o indiciamento do ex-prefeito Emanuel Pinheiro e do ex-secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá Francisco Vuolo por improbidade administrativa.
Com a finalização dos trabalhos desta CPI, Abilio poderá decidir se encerrará o contrato com a empresa ou manterá pelos próximos 30 anos, conforme estabelece a parceria. O relatório final será encaminhado ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
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CPI do Rotativo
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instaurada no dia 10 de fevereiro e investigou possíveis irregularidades no contrato de concessão firmado entre a Prefeitura de Cuiabá, pelo até então prefeito Emanuel Pinheiro e a empresa CSI Mobi. No documento, ficou estabelecido que a parceria duraria cerca de 30 anos, com custo de R$ 650 milhões aos cofres públicos do município.