Virgínia cobra pena de morte para feminicídas: "Lula precisa olhar para isso e mudar as leis"

Assessoria

Apesar da defesa de punições mais severas, ela reconheceu que o tema enfrenta resistência no país

GUSTAVO CASTRO
KARINE ARRUDA
DO REPÓRTERMT

A primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, defendeu que o Brasil adote a pena de morte para assassinos, inclusive em casos de feminicídio. A declaração foi dada nesta quarta-feira (8), quando ela cobrou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Congresso Nacional leis mais duras contra crimes violentos.

“Tem que exigir isso do presidente Lula, porque são mulheres que estão morrendo. Ele governa para o Brasil inteiro e precisa olhar para isso, mudar as leis. Só ele pode fazer com que isso mude”, afirmou.

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Virgínia disse ser favorável tanto à prisão perpétua quanto à pena de morte, e criticou o que considera um sistema penal ultrapassado.

“Tem que ter pena de morte para quem matou, constatou que matou. As leis do nosso país são retrógradas e antigas”, disse.

Apesar da defesa de punições mais severas, ela reconheceu que o tema enfrenta resistência no país.

“No Brasil é muito complicado implantar pena de morte. Infelizmente, não há leis severas”, observou, ressaltando que qualquer avanço depende de mudanças em Brasília. “Isso precisa ser discutido entre deputados federais e senadores. Não é algo que depende de governador ou prefeito”, afirmou.

Virgínia também apontou falhas nas medidas de proteção a mulheres em situação de risco, como o botão do pânico, e disse que a legislação atual é insuficiente para evitar mortes.

“Mesmo com medida protetiva, tornozeleira e botão do pânico, os agressores encontram maneiras de agir. Às vezes a mulher está num bar com as amigas, e o cara chega lá tornozelado. Ela não consegue reagir. Pode colocar uma polícia para cada mulher, que ainda assim não conseguimos impedir essas tragédias”, concluiu.