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Cuiabá, 16 de Setembro de 2025
16 de Setembro de 2025

14 de Setembro de 2017, 11h:52 - A | A

PODERES / FLAGRADO EM VÍDEO

PF apreende computadores e documentos na casa e no gabinete de Emanuel

O prefeito de Cuiabá é investigado por recebimento de propina para apoiar o ex-governador Silval Barbosa. Ele foi flagrado em vídeo, enchendo os bolsos do paletó com maços de dinheiro.

MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO



A Polícia Federal apreendeu dois computadores, documentos e  um celular, na casa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), durante a Operação Malebolge, deflagrada na manhã desta quinta-feira (14).

Os agentes também cumpriram mandado de busca e apreensão do gabinete de Emanuel, na Prefeitura de Cuiabá, onde foram apreendidos documentos e a CPU de um computador.

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Na decisão que determinou os mandados de busca e apreensão, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Fux, negou à Procuradoria Geral da República (PGR) o pedido para afastar o prefeito do cargo.

Emanuel foi flagrado em vídeo, enquanto deputado estadual, recebendo dinheiro das mãos de Silvio Correa, então chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que afirma em delação que o montante seria propina para garantir apoio às ações de sua gestão.

A imagem de Emanuel colocando maços de dinheiro no paletó foi divulgada nacionalmente.

Além da gravação de Emanuel, Silval entregou pelo menos mais nove vídeos de deputados e ex-deputados estaduais recebendo dinheiro que seria de propina.

Desde que as imagens foram divulgadas, a única declaração do prefeito Emanuel Pinheiro foi de que ele irá provar que o dinheiro recebido não era de ação ilícita.

Operação Malebolge

A pedido da Procuradoria-Geral da República, o Supremo Tribunal Federal autorizou a realização de mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira, 14 de setembro, em 65 locais, entre endereços pessoais e profissionais de investigados no inquérito relativo à Operação Ararath. O cumprimento dos mandados pela Polícia Federal foi acompanhado por 16 membros do Ministério Público Federal.

Além de deputados e ex-deputados a operação também tem como alvos o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o senador Cidinho Santos e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.

Ainda foi autorizado pelo STF o afastamento cautelar de cinco conselheiros do TCE: José Carlos Novelli, Waldir Júlio Teis, Antônio Joaquim Moraes Rodrigues Neto, Walter Albano da Silva e Sérgio Ricardo de Almeida.

O inquérito judicial investiga prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira, crimes contra a ordem tributária. Apura ainda a prática de obstrução de investigação criminal, que consistiu em pagar colaborador para mudar versão de depoimentos e pagar investigado para não celebrar acordo de colaboração. 

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