GUSTAVO CASTRO
KARINE ARRUDA
DO REPÓRTERMT
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que a proposta de privatização da gestão das unidades escolares da Capital não será revista. Segundo ele, o modelo de parceria público-privada (PPP) está definido e já em fase de estruturação.
De acordo com Abilio, a medida não afetará a área pedagógica, mas sim a administração da infraestrutura das escolas. A ideia, segundo o prefeito, é transferir para empresas privadas a responsabilidade sobre manutenção predial, limpeza e aquisição de insumos, enquanto a Secretaria Municipal de Educação continuará responsável pelo ensino e pela formação de professores.
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“Tá definido que vai haver esse projeto de privatização da gestão escolar. Isso está sendo modelado, com termos de referência e processo licitatório. Não interfere no calendário pedagógico, nem na contratação de professores. Trata apenas da gestão das unidades”, afirmou nesta terça-feira (9) em audiência pública realizada com o Sintep, na Câmara Municipal
O prefeito também criticou a resistência de representantes do Sintep-MT, que consideram a proposta um risco de precarização do ensino público. Abilio rebateu, alegando que a discussão está sendo contaminada por “militância política” e que há confusão sobre o que significa o aspecto pedagógico da escola.
“Eles precisam estudar o que a palavra pedagógico significa. A gestão de prédio, limpeza e manutenção não tem nada a ver com pedagogia. O pedagógico é a formação e qualificação dos profissionais. Não podem inventar desculpas para militância político-partidária”, declarou.
Abilio argumenta que a mudança busca eficiência administrativa e economia de recursos, que seriam redirecionados para reforço no aprendizado de crianças em áreas como alfabetização, matemática, língua portuguesa, história e ciências.
“Queremos economizar com a gestão escolar, trazendo mais eficiência via PPP. E o recurso que sobrar, dentro dos 25% obrigatórios da Educação, será aplicado na melhoria do ensino e em aulas de reforço”, disse.
O prefeito citou exemplos de cidades em São Paulo, Santa Catarina e Paraná, onde o modelo já é adotado, e afirmou que a proposta é legal e sustentável. Para ele, a mudança permitirá que a Prefeitura foque no que considera prioridade: a qualidade do ensino.
“O município vai deixar de se preocupar com manutenção de prédios e vai se dedicar à formação dos alunos. O retorno é muito bom”, concluiu.
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