DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
A suplente de senadora, Rosana Martinelli (PL), explicou durante sessão no Senado Federal, nessa quinta-feira (13), que foi uma vítima de injustiça por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) por ter tido suas contas bancárias bloqueadas e o passaporte retido por supostamente ser uma das financiadoras dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes em Brasília foi alvo de ataques.
"A título de esclarecimento, diante da repercussão nacional que teve ontem o meu pronunciamento referente a retenção do meu passaporte. Eu nunca estive em Brasília e não participei em atos do 8 de janeiro", declarou.
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Ela, que foi prefeita da cidade de Sinop (500 km de Cuiabá), tomou posse na quarta-feira (12), na vaga de Wellingthon Fagundes (PL) que saiu de licença médica por 121 dias.
Durante a discurso, a senadora detalhou as sanções sofridas por determinação pela Corte Suprema no final do ano passado, como bloqueio de bens e retenção de passaporte.
"Por coincidência, no dia em que eu ia tomar posse, eu tive busca e apreensão na minha casa. Eu não estava lá porque eu estava em viagem para tomar posse como suplente de senador. Eu fiquei meses sem saber por que é que eu estava sendo punida. Isso que eu acho pior, porque não tinha uma satisfação. Eu fui punida, e eu não sabia nem por que eu estava com as minhas contas bloqueadas", disse.
"Eu sou uma empresária, final de ano, pagamento dos funcionários para fazer, e ficar nessa situação... Também nem me foi comunicada a questão do passaporte. Eu fiquei sabendo do passaporte no dia em que eu fui fazer uma viagem internacional, porque a Polícia Federal me retirou do embarque. Então, essa falta de esclarecimento, a falta de acesso é o que foi o pior de toda a situação", acrescentou Martinelli.
A senadora também criticou o que chamou de punição generalizada e reiterou que segue sendo punida, porque até o presente momento está impedida de viajar para o exterior.
"Nós não concordamos com qualquer tipo de depredação, mas sim com o direito à liberdade de expressão. Jamais nós podemos abrir mão da nossa liberdade. E concordo que as pessoas que usaram de má-fé sejam investigadas, sejam punidas, mas também não pode ser generalizado do jeito que foi: as pessoas sendo violadas em seu direito da maneira que foi. [...] Primeiro, puniram-se as pessoas, principalmente os cem empresários primeiro, que foram bloqueados, inclusive empresários que tinham a frota de caminhões que estavam... Enfim, a título de esclarecimento: não tenho nada a ver com 8 de janeiro e eu me admiro muito e eu sinto na pele o que é ser punida - e também estou sentindo até hoje, porque meu passaporte ainda não foi liberado. Eu fui recentemente à Polícia Federal, e eu ainda não posso emitir", finalizou.