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Cuiabá, 18 de Agosto de 2025
18 de Agosto de 2025

18 de Agosto de 2025, 09h:10 - A | A

PODERES / CRISE NA PREFEITURA

Abilio prevê demissões neste segundo semestre para economizar R$ 90 milhões

Os cortes deverão ser na Limpurb e na Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras.

VANESSA MORENO
APARECIDO CARMO DO REPÓRTER MT



O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) anunciou que terá que tomar decisões difíceis neste segundo semestre de 2025, dentre elas, fazer corte de gastos e de pessoal em algumas secretarias municipais. O motivo, segundo o prefeito, é uma crise financeira que assola o município e o objetivo é fazer uma economia de pelo menos R$ 90 milhões até o final do ano.

Nós já estamos muito apertados financeiramente. Acabou o decreto de calamidade, mas não acabou os conflitos da economia do município. A gente está bem no limite, algumas secretarias estão bem apertadas. Teremos decisões difíceis para tomar agora no começo do segundo semestre”, explicou Abilio na última sexta-feira (15).

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Eu preciso no segundo semestre reduzir a despesa do município, senão a gente não consegue chegar no final do ano. A gente precisa reduzir em torno de R$90 milhões”, acrescentou.

Os cortes deverão ocorrer na Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) e na Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras. Já para arrecadar recursos, Abilio pretende intensificar a cobrança de lixo de grandes geradores, uma vez que já existe legislação em vigor que permite a cobrança.

Cortando na Limpurb primeiro para depois cortar na Obras quando se aproximar do final do ano, e implementando a cobrança adequada para os geradores compatível com aquilo que eles produzem”, explicou o prefeito.

Quanto ao corte de pessoal, Abilio informou que está fazendo um levantamento que deverá determinar a quantidade de demissões.

Questionado se a crise econômica na Prefeitura de Cuiabá poderá causar atraso no salários dos servidores, o prefeito afirmou que não existe essa possibilidade, pois o recurso destinado aos salários já está reservado, segundo Abilio.

Um dos motivos para a dificuldade financeira, de acordo com Abilio Brunini, é o bloqueio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em favor da Concessionária CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo da capital. Uma decisão proferida em julho deste ano permite que a empresa possa usar o recurso como garantia para o pagamento da contraprestação mensal do contrato que foi firmado com a Prefeitura para a execução de obras no centro de Cuiabá, como a construção do Mercado Municipal Miguel Sutil.

Nós sabemos que coisas imprevistas acontecem, como por exemplo, o bloqueio das nossas contas pelo FPM com a CS Mobi. Como que eu saberia que o Supremo Tribunal Federal daria ponto para os caras? E agora eles arrancam direto da nossa conta, sem precisar de autorização, sem precisar de ordem de pagamento, sem nada. É descontado direto na nossa conta. Sem contestação, inclusive”, ressaltou.

LEIA MAIS: STF nega pedido de Abilio e CS Mobi poderá bloquear dinheiro da Prefeitura de Cuiabá

Além do bloqueio do FPM, Abilio citou o pagamento de cerca de R$150 milhões de precatórios, além do custo de aproximadamente R$ 200 milhões que o transporte público gera aos cofres do município como responsáveis pela necessidade de corte de gastos.

Se a gente não cortar, a gente vai ter um efeito colateral de dificuldade no final do ano”, afirmou Abilio.

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